quarta-feira, 6 de agosto de 2025

a máquina, a máquina

 a máquina, a máquina

a máquina pulsa uma

canção tão sonora

que faz arder por dentro

todo o meu pálido coração


sei que vivo e morro nesse

dormir eterno

tumbas são casas

as prisões e os medos

cachorros latindo

a shoá aterrorizante

vagões


há uma luz pálida

no céu: guerras, infinitas,

e as máquinas gargalham

dizendo: esses sacos de ossos

sabem amar alguma coisa?


inteligencias artificiais

geram pintoras assustadoramente belas,

as bombas, as bombas nuclares guardadas

esperam congeladas

para destruirem os dias e os sistemas,

há medo, 

claro que há


pois os loucos estão governando,

infelizmente.

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