Sonhei com ela.
Alta, a pele escura brilhava
como um espelho noturno.
Seus olhos —
firmes, não de sonho,
mas de vigília.
A boca,
meio sorriso,
meio silêncio.
Falava sem palavras,
e eu apenas seguia,
num corredor sem paredes,
onde o chão era água
e as janelas davam para nada.
Acordei.
Na claridade breve,
ficou um vestígio:
um toque,
um gesto,
um corpo inteiro
que parecia dizer:
“ainda estou aqui.”
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