sexta-feira, 31 de outubro de 2014

SOBRE O OCEANO



Não posso escrever sobre o oceano
longe do oceano...

Posso recordar na folha e na palavra
a imensidão das águas do mar...

Posso recordar as ondas
dançando lindamente sobre
o próprio corpo, e sobre a areia...

A areia, as rochas, as nuvens, as
pessoas assistem o espetáculo...

Eu me lembro do espetáculo,
eu o assisti um dia, eu creio, gaivotas...

Não posso escrever sobre o oceano
longe do oceano...

Por isso escrevo sobre a terra,
que também alcança o oceano...

E por isso escrevo sobre o oceano,
por que posso recordá-lo na fotografia.

o ar brasileiro queimou as minhas narinas (primeiro poema em homenagem a minha pátria

O ar brasileiro queimou as minhas narinas,
fez saltar dos meus olhos suspiros tropicais.
Consumiu-me a noite dos trópicos,
e de dia transpirei águas saborosas
nos rios fundos e amargos da América.

Fiz cavalgar até a madrugada fria
os meus ossos de lenhador, 
de  padeiro recém descoberto pelas
firmas das poéticas da minha pátria.

Abri um enorme sorriso no mapa do Brasil
e pintei de azul e branco a minha pátria sonâmbula.

Fiz escavarem no sorriso do sul
escamas de lagartos, pampas tenebrosos, gaúchos 
consumidos de revolta e ódio pelo norte.
E do norte, fiz saltar os mais pesados calangos,
os mais absurdos carcarás das regiões queimadas 
pelo sol e pela serenidade do mar.

E abri em um livro,  livro puro e amarelo,
páginas azuladas, consumidas por uma
escrita fria e verde,  e ali estava estes versos
suspensos entre a ironia e o sofrimento do meu povo.

Entre o riso de uma região até outra
escalamos as montanhas, as igrejas históricas,
os cabelos das lindas mulheres e dos lindos homens, os suores dos trabalhadores,
a magnitude do rio profundo e doce, e do mar salgado...

E no final, o ar brasileiro queimou as minhas narinas
De sol, de relâmpago e de amores...

A SOLIDÃO LUMINOSA DO DIA ESCURO -

É escuro
o dia
e não
luminoso
E é triste
não sentir
prazer
em ver
as flores
no campo
Quem me dera
escrever
e der por certo
que nos meus versos
eu teria
a gratidão dos mais
profundos deuses
das mais distantes estrelas
dos mais inóspitos planetas
Quem me dera
que eu escrevesse
e vivesse 
quem me dera
Mais a silenciosa
solidão
me transborda
o coração
E nenhum
selvático grito
me inspira
a ternura
ou a sensação
de estar alegre
E nas trevas
consumo a
luminosa solidão
E o mel do pensamento
transpira palavras
nos rios dos meus
versos secos!

Última sonata de inverno

(.............................................)

...E o seu rosto apareceu entre as nuvens e o gelo...
...E era o seu rosto belo como a mais pura das montanhas congeladas...
Pólen sagrado era tua boca... Boca de mariposa... Boca de vulcão...
Seus lábios poderiam acender fogo na lenha fria da casa...
Apenas passava o teu corpo como um vento calmoso e oriental...
Balançando os seus cabelos como uma flecha atirada ao sul...
Vinhas como uma dançarina, uma bailarina, feliz como a musa do frio...
E eu pude contemplar os teus olhos escuros com a chama...
A chama do candelabro... Do candeeiro sagrado do teu rosto...
Pudesse: eu voltava com o seu sorriso me acompanhando diante
do oceano intranquilo e agitado! Pudesse: e eu ia avante pelos
campos frios e apagados das regiões mais inóspitas e solitárias...
...Apareceu entre as nuvens e o gelo... O teu rosto... Rosto de inverno... ...Mistura de beleza e gelo...

SONETO EXPERIMENTAL

                        *
 BRANCA BRANCA BRANCA
                  NUVEM
  ESCURO  ESCURO ESCURO
                  ESPAÇO
*
     VERDE VERDE VERDE
                    MATO
CÉU AZUL MAR AZUL AZUL
                      BLUE
*
PRETO PRETO PRETO
 NEGRO     =         NEGRO
             CLARO
*
CLARO CLARO CLARO
ESCURO    =         NEGRO
               GATO
                    !

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Eu amo as raízes puras e tranquilas do teu corpo

Eu amo 
as raízes puras e tranquilas
do teu corpo.

Eu amo
a tua cintura de 
terra, ancas de oceano...

Transborda o mar salgado
no teu corpo suave de mel.

Mel, o mel das abelhas
percorrem a terra do teu corpo.

Percorrem 
todas as cavidades suaves
dessas raízes, serena e profunda.

Profunda e serena
como tua boca de sirena.

Amada: eu amo
as raízes puras e tranquilas
do teu corpo.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O AMOR É COMO UMA GUERRA


O amor é como uma guerra -Não 
Veja bem: Assim os sorrisos serão
Metralhadoras, os olhos granadas
E os rostos -o teu é angelical- tenentes.
Ordem. Quem dará ordem no coração?
-Não. Espere, veja bem: as balas
Entram por dentro do tanque de guerra.
O coração é uma bala pulsante, e o tanque
É o teu corpo, o meu corpo, o nosso corpo.
O amor é como uma guerra -Não 
Veja bem: Tem feridos e vencedores.
É uma bomba, um só Deus sabe lá o que.
O amor é como a existência da guerra -Não 
A gente batalha corpo a corpo, bala coração
Tanque de guerra!éoteueomeucorpo.

EM SEGREDO (para ti, e para mais ninguém)


E tudo isso me envolve, tudo me assombra.

Menos uma coisa: a matéria da raiz da sua boca.
A matéria pura e viva dos teus lábios, só.
E tudo o que ele envolve torna-se em ouro.
Ouro semelhante a felicidade eterna, felicidade
Que se mistura aos cantos dos pássaros e dos grilos.
Por isso é impossível não cantar os vossos lábios,
Lábios de sereno, lábios de rios profundos e bifurcados.
Por que os lábios da tua boca se bifurcam em dois: cima e baixo.

E me disseram antes de vê-la, antes de conhecê-la,
Que nenhum tipo de encanto tinhas.
Mas como eu, vinhas da terra plena, cheia d' gado silencioso.
Então eu te vi, morena e viva, como a planta mais bonita do jardim.
E comecei a cantar os mais puros e estranhos louvores.
Passei a compor hinos, odes de exaltação aos teus seios.
Seios de flores, de ervas verdes,
Seios que poderiam ser a Amazônia inteira, por completo.
E outros escutaram o meu canto de vinho, e se transtornaram.
O rubro do calor dos nossos olhos o consumiam por dentro.
Tu e eu, amada, feitos de silencio e felicidade
Caluniávamos a miséria da existência pífia.
E foi se passando o dia. E passou-se a noite. E a tarde e a manhã
Se consumiram uma a outra.
E eu te esperei dentro de uma fornalha acessa,
E tu, carregando os sete cristais puros da paixão, me esperava.
E tudo isso me envolve, tudo isso me inquieta.
Essa sombra radiante dos teus cabelos, essa
Luz serena e profunda e física e viva do teu sorriso de pantera.
E tu foi inscrita no navio de minha predileta companheira.
E eu fui como um navio, percorrendo o porto do teu corpo
Profundo e silencioso como a montanha
Que tu e eu amamos em segredo...




A LUMINOSA COMPANHEIRA

Das sombras obscuras e sinistras,
tão profundas e fundas como a água do oceano,
surge a luz, a luminosa companheira
em raios repartidos, raios-luz pelo interior da alma.
Sombra e luz envolvendo o tempo e o espaço,
corroendo o corpo, saltando o espírito ea alma.
Santa luz, e demoníaca trevas. Santa Sombra,
e demoníaca luz. Invadem o ser, o tempo, o 
espaço, as estrelas, a vida, a escuridão
das raízes amargas e dos sorrisos falsos.
Profundo e tão profundo são, como os
teus olhos cheios de sombra e luz.
E não carregam repugnância, e nem se
fundem ao vazio da existência do homem.
Mas tudo se enche, transparente, como um pássaro,
um pássaro lilás, um pássaro amoroso, um pássaro feliz.
Um pássaro que das sombras obscuras e sinistras
faz quebrar a gaiola cinzenta e fria e amarga da tempestade,
voando e voando pelo céu de bronze, pelo céu de névoa
até encontrar a santa, a maravilhosa luz, a luminosa companheira.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

O POETA

Eu, eu quando canto, canto todas as coisas.
Suspira dentro de mim todas as matérias, todos
os átomos sinistros da existência.
O frio e o fogo me consomem. A minha
carne, o meu espírito, o meu ser é constelado
de estrelas, é feito de marés e ondas espumosas.
Eu, eu quando canto, canto todas as coisas.
E é preciso cantá-las antes que o ferrugem
e o esquecimento a tomem por fora e por dentro.
Por isso tudo cabe no meu canto: os pássaros
vagabundos, os trabalhadores das usinas, os
mendigos do grande centro, os pardais nas casas.
E eu sigo cantando todas as coisas, tudo o que é
vivo e tudo o que é morto, sinistro e metafísico.
Sigo, e vou cantando como qualquer um,
abrindo espaços entre as palavras nebulosas e
rubras com o fogo. Vou abrindo as serpentes
dos meus versos para serem engolidos pelas
coisas, pelos objetos comuns, pelo cotidiano
tedioso e revigorante.
Por isso vou cantando todas as coisas que eu
quero, desde a prateleira cheia de teias e livros,
até o seu rosto azul, consumido de amor selvagem.

sábado, 25 de outubro de 2014

diante de uma lanchonete

por que ri tanto
o embriagado
na minha frente?

é puro o negror 
da noite

o universo
é inexplicável
é óbvio

mas tem
tanta certeza
da mentira

que se esquece
da verdade

e a verdade 
só libertará quem não
a vende

...eu amo o seu jeito de ser...


...eu amo o seu jeito de ser....
... jeito de pantera oriental...
eu amo o seu jeito de sorrir...
...o seu sorriso de raiz... de
erva pura... sorriso de lua...
eu brindo o seu jeito de ser...
e levanto a taça invisível do amor...
apenas levanto um brinde... de...
paixão pura... de pedra amorosa...

como o sol

como o sol

como o sol pode percorrer
o seu sorriso
o seu sorriso 
pode percorrer-me como
o sol

Canção pura e doce

Canção:
pura e doce.
Como
o seu sorriso,
como sua boca:
vermelha
de batom.
Canção:
pura e doce.
Como os
olhos de
pantera
dela. Só 
dela: rimas
e flores são
o coração
batendo em
ritmo de amor.
Canção
tão pura,
como o
teu sorriso
de mulher.
E só resta
dizer, Canção
que ela é todo
o meu coração!

Do centro da sua boca

Do centro da sua boca, 
duas luas brancas saltam 
até a margem constelada de raízes frias e rubras.

 Boca misteriosa,  boca de cristal! 
Boca que carrega duas asas de mariposa, 
uma em cima outra em baixo. 

Ambos lábios são o mel que alimenta os verdadeiros guerreiros, os verdadeiros profetas do mundo. 

Saltam duas luas brancas da sua boca, 
porque ambas luas são banhadas de mel suculento, 
de açúcar doce e
puro, com o qual se alimenta a a pátria desterrada na América do Sul.

Do centro da sua boca,
boca de mariposa, 
duas luas brancas saltam
até a margem constelada de raízes frias e rubras.

Soou a trombeta

Soou a trombeta
e Jeová partiu o Brasil 
entre PT e PSDB.

Aos retardatários
sobrou o aviso:
votem no mais
mentiroso, e no
mais religioso.

Eu os aviso:
Entre um e 
outro, sobram
espaços na campanha.
Sobram direita, e esquerda.

O centro ficou vazio, 
mais Galileu 
já dizia: Em política, a terra ainda é o centro do universo!

Vamos, já está na hora
de baixar as bandeiras.
Como a população gosta
de ser representada por
baratas de gravatas.

Soou a trombeta
e Jeová me confessou:
Menino, mancebo, jovem
Vê se escapa dos burocratas.
E eu respondi: Impossível camarada!

Olhei pra cima
e vi dois candidatos descendo das nuvens.
Ó céus dos céus da terra.

Um vinha dos escabelos dos pés, o outro
vinha direto da sala do trono de Brasília.

Olhei e senti pena de mim mesmo.
E pena de todo mundo.

Confuso, fui me confessar
com a grande raiz das imagens
televisivas do meu país natal.

Pobre de mim: soou a trombeta.

E Jeová dividiu o meu país
entre direita e esquerda!

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Sonhei

Sonhei
por que é bom sonhar
E acordei nos braços de Cristo
Transfigurado
em uma ovelhinha

....
....
....
amém
amém
amém

terça-feira, 21 de outubro de 2014

EMBRIAGADO DE ESTRELAS - para I. Peres.


EMBRIAGADO DE ESTRELAS

Estou embriagado de estrelas. 
Assim que saltei do carro, ao observa-las do portão, inundei-me delas.
Bebi a luz brilhante dos grandes astros que giram e dançam no espaço escuro.
Estou embriagado de estrelas.
Por que as vi, e o momento era de vê-las.
...
Não para fugir da vida, das lembranças, dos choros, dos risos, das
lágrimas, das crianças... Simplesmente vê-las.
...
E vi, e inundei-me da luz delas.
...
Embriaguei-me, como um vaga-lume fêmea.
...
Como eu queria estar perto, tocá-las, 
cada uma, todas, com minhas mãos sem calos.
...
Pudesse eu ir vê-las, flutuando solto e livre, como
um verdadeiro anjo em forma de homem, e pousar
tão perto, com uma lágrima no rosto.
...
Estou embriagado de estrelas. 
E direi: é preciso ouvi-las para entendê-las.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Tudo amada, tudo isso


Tudo amada, tudo isso
que te consome por nada.
Amada, nem a geografia
do mundo explica a beleza
absurda dos teus olhos profundos.

Tudo amada, tudo isso
que te consome por nada.
Tu e eu, amor meu, somos
o sonho delirante da história.
Vem, vamos dormir no oceano.

Tudo amada, tudo isso
que te consome por nada.
É a cicatriz da vida, é o
pão do amor que reparte
o teu lábio entre tu e eu, amor meu.

Tudo amada, tudo isso
que te consome por nada.
Consola a canção quando
se canta pela noite, diante
dos pássaros e do teu ouvido.
Amada, é linda essa tua boca de sino!

a mariposa

Enfim encontrei teu rosto de


mariposa de outono.

No jardim estavas

pousada em uma

rosa serena e triste.

Na grama pus a sombra

dos teus cabelos de

mariposa.

E tu chorava lágrimas de dicionário.

Enfim te encontrei
como apenas se encontram

as coisas enigmáticas e
sombrias desta vida.

Pousada em uma rosa
serena e triste

delicadamente 
cantavas

E eu ouvia.


Simplesmente

Amada: nasci e nascestes. 
Em escuros abismos te vi como a primavera resplandecente. 
As tuas mãos galopavam em meu peito, 
e minhas mãos beijavam teus cabelos negros.

Negros, minha amada!
Os teus cabelos negros envoltos em estrelas azuis.
Hoje é o céu dos meus olhos que o contemplam,
mas os dias são lentos amada minha, e eu te amo.

Por isso amada foi que  nasci para ti do fundo do oceano,
e tu, com lábios terrestres me afagou no colo.
Amada: nasci e nascestes.

Para mim tu foste gerada como a primeira e como a última filha de Adão.
E já não me restam palavras que saltem do coração, 
Nem mesmo madeiras para te entregar, por que te amo, amada.

Por isso amada foi que no meu nascimento fui formado para ti, 
simplesmente porque te amo.

domingo, 12 de outubro de 2014

a mulher e o trovador

Aqui estou eu, e você, e ninguém.
Apenas dois perdidos na areia da imensidão.
Estou com o coração perdido nas profundezas
E tu, moves as mãos de ondas para os
Céus abertos, para as nuvens silenciosas.

Tu e mais ninguém, e eu. Ambos somos
Pensamentos diante da pedra imóvel.
Lá está o rio, a sombra, o diamante,
E tu, moves as mãos de ondas para os
Espaços infinitos, para os sonhos esquecidos.

Ninguém e tu, e eu, apenas.
Basta ver o teu rosto de acerola
Para pedir esmolas de amor pelas cidades
Sombrias e concretamente frias.
Amada, que será do amor? Que será do sofrimento?
Que será da vida? Que será dos seus olhos?

Aqui estou eu, e você, e mais ninguém.
Apenas tu e eu, dois travesseiros de carne amorosa.
Tu, a fonte das mulheres divinas e apagadas
E eu, o trovador errante dos pensamentos marginais.

Sim e não companheira

Sim e não
companheira
porque te quero

apenas. Basta!

Basta o
sim e as estrelas.

O não
basta
ao fogo
ao luar
e ao esquecimento.

Sim e não
companheira.

Porque és um rio.
Um rio de beleza extrema.

Não,
porque teus olhos são
amoras suculentas.

Sim
porque da tua boca é
uma espada em forma

de raios
cruzando os céus do amor
até a minha morada perdida.

Sim e não
Companheira

Porque te amo!

sábado, 11 de outubro de 2014

O amor: sombra suculenta para os meus dias.
Sombra perfeita para o meu descanso.
O amor: poema perfeito para os meus olhos.
Música maravilhosa para os meus ouvidos.

Musa salamandra

Chega o dia,
e também a noite chega.

Profunda como o céu,
tua boca chega  se move.

Tua boca de mariposa
passeia
nua
pelas estrelas
quentes do céu.

E você, menina,
cresce, 
dentro do fogo e da paixão.

Você e suas pernas,
lisas e grossas,
passeia entre bebidas e mesas.

Ó, tu és a atendente mais
esquiva, a
salamandra que
em forma de mulher
é a mais bela das mulheres.

Perdoa este leão
que cresce e quer
lambuzar-se do
mel prazeroso
do teu
corpo.

Vêm
e faz me descansar
em tuas nádegas
suaves de 
algodão 
prazeroso.

Deleita-me com
tua boca
e eu deletarei
o teu corpo com
o meu corpo.

Ainda durmo, companheira

Ainda durmo, companheira, dentro do teu peito.
E no teu colo de amapola 
meus olhos adormecessem. 
Ai, sou o pássaro cantante, 
e tu é a raiz profunda do meu peito.  
A raiz mais profunda do oceano mais profundo,
 Do amor que sangra em lágrimas doces.



sexta-feira, 10 de outubro de 2014

LUA - SÓ

LUALUALUALUASÓ
LUALUALUALUAME
LUALUALUALUANT
LUALUALUALUAEA
LUALUALUALUALU
A!





*erro intencional (somente).