quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Verso quase-sentimental

Não é triste essas coisas...
É uma lágrima que jorra
Ou um sentimento que se gasta?
Deixemos de morrer e não
aprendemos nunca a viver.
O tempo passa e essas coisas
não se apagam
E esquecidas ficam...
Perder alguns e ganhar outros
Não é triste essas coisas
Imaginam-se: E que saudade que dá de você amiga que tanto amo.

soneto de um quase-poeta

Urrou um som estranho
E de repente um rosto derramou
uma lágrima; e um suspiro derramou-se
enquanto a brusca noite se estendia.

Um som estranho, semelhante a um pio
de coruja, mas essas coisas não
fazem um homem chorar: e lá estava
ele, derramando suas lágrimas solitárias.

Urrou um som estranho
E do amor derramou-se um beijo
E as estrelas riram do homem que chorava.

E zombando de si mesmo, o coitado
Quis poeta tentar ser. Que melancolia
Não sabia nem que palavras escolher para

[escrever...

Eu não sei para onde estou caminhando

Eu não sei para onde estou caminhando
E o caminho é tão leve, me ilude o vento.
E por alguns sagrados minutos 
Uma palavra ecoa na memória
E se perde em uma boca:
_Um poeta é uma borboleta
Que toma banho no barro!
Disse um pensamento estranho
No caminho que estavam
Almas e sonhos de
Detetives
tristes e 
apaixonados.

as lembranças surgem como agitadas ondas - para Simara Pagganardi

as lembranças surgem
como agitadas ondas
e batem nas pedras de
nossas memórias frágeis ou delicadas
e nos atingem o coração (o cérebro,
dirá o jovem estudante de direito que
não lê e nem entende poesia);
e se alguma coisa fosse apenas
lembranças de (ou isso é um sonho ou isso é a vida real?)
mar, árvores, animais, e pessoas.
Surgem agitadas
Para serem enterradas
Em tristes palavras...

& se


EU GOSTO DO SEU CORPO


antes depois


com rima sem rima


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

um nome não acaba com fome ou poema quase-hermético

um nome não acaba com a fome
uma fome não escreve um nome
um nome não aumenta e nem acaba
um nome não significa quase nada
mas no lugar de se ter o que se chamar
guarda-chuva, guarda-sol, guarda-roupa
já dirão que a fome e o nome
não se escrevem e sim se reescrevem
a si mesmas: pegadas ligadas em aço/sentimental e quase-puro!

o céu daqui é um céu magnífico


o céu daqui é um céu magnífico
o mesmo céu que vejo em qualquer lugar
e ele é azul

quem diria que essas nuvens branquíssimas
e gigantescas
me lembraria uma espécie de tranquilidade

é tão bom às vezes sentir a natureza
Mas veja quantas casas feias há por aqui
falta reboco por todos os blocos que a vista alcança:
será que eles sabem que árvores são essas
que alonga e embeleza a paisagem?

Aposto que não!

Há quatro gatos que vadiam
pelos telhados (que vida
mansa essa, ou será
que é uma vida tranquila
e abençoada?).

E realmente o céu daqui é magnifico...

vi-te


Vi-te andanndo onde ojos pudieran
ir: vir-te alcançou mi grito a lua na séu
qi solidão qhe é viver en na distância!

Tôn longe de te ver a perto de mim
Qui só amor pode unir o separar
A morrendo quiero ir
Chegar de amar.

Vi-te andanndo nuia nuia por
ojos qui te vian a te devorar.
E na séu las estrellas quieren
acompañar boca en beso
con amor y paisson.

A ver-te-vi.


Qui amar é dar se io tenta amar


Qui en diçera a usted amur q
Vida boa s' nasciendo otra viez?
Q i ti dizend' ia bunito pra s' amá.
S' vay inda a dizer-te amar!
Ó Dios meu que amar-te amo ella.
Ó Dios meu que sodade della tervê.
Qui amor é dar se io tenta amar
Que dou a tu mi amor profundament.


epistolografia

Mandei-te uma carta
Escrita a mão (nada
tinha de reveladora o
u assustadora).

Continha apenas
algumas palavras
legíveis: poesia/dia/ameixa.
E você me devolveu com outra:

_Que estranha carta essa que tu me mandaste!

abismos fundamentais


o explorador


rostos


soneto do amor em fuga

nem sempre será assim; quando não
ter mais tua boca; teus olhos; quando não
Ter você mesma; eu diria até que nem
sempre será assim: esquecimento e tristeza;

é que tudo caminha nessa; eu tenho certeza;
espero ouvir um anjo; você e outro se amarão
PERDÃO! Outro tocará seus lábios e não
Será mais um arco-íris que nos unirá.

Espere; nem sempre será assim; quando
O dia terminar e a noite; unir um sonho
Uma boa e querida saudade: eu escutarei

E reprovarei os gestos ruins e de repente
Escutarei uma voz divina falar em mim:
é que somos deuses, com começo e fim!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Seis fragmentos

1- Ela disse que lia Pablo Neruda com muito afinco, mais que não consegui entender ou compreender os poemas de Residência en La Tierra. Como pode então ela se interessar por Neruda se não consegue nem ao menos entender o seu melhor livro de poesia? Quantos anos ela tinha naquela época em que eu era um vagabundo, míope e leitor? 15! Quinze anos e já era uma gostosona, aparentando ter pelo menos uns dezessete anos. Que tragédia seria dizer para ela que eu só gostava do Neruda surreal e de suas odes. O que posso fazer? Ela sempre foi muito romântica, coisa que nem sequer consigo ser, embora finjo com total afinco ser o que não consigo ser: romântico.
2- Então os nosso olhos se cruzaram em uma cafeteria. Estava escuro, era umas nove horas da noite, um livro de Baudelaire; meu amigo estava olhando as nádegas de uma louraça boazuda que passava por nós. Nas mãos dele um livro de Mallarmé. Na verdade, nunca gostei (ou melhor, admirei) a poesia francesa. É muita coisa para se sentir, e acho que os franceses são tão literais que chegam ser falhos. Eu gosto de ler os franceses, e Mallarmé é genial, e Baudelaire não é um autor pão com leite que muitos pensam; eu estava lendo suas poesias enquanto ela pedia um café e sentava-se quase próxima de mim, um pouquinho afastada é claro. Eu gosto de pessoas que leiam, e eu gosto mesmo é de ler, e admiro pessoas que leem pelo menos poesia francesa. Não se lia muita poesia francesa durante minha infância, aliás ninguém lia a não ser eu dentro da escola: meninas querendo fazer sexo com meninos que queriam transar com as meninas que queriam fazer sexo com ele, e eu lia, lia, lia. Pronto, ela ali, com a mesma altura, o mesmo tamanho, os mesmos olhos, as mesmas cochas, as mesmas pernas, os mesmos cílios e os mesmos quadris. Um fantasma em uma moldura de recordação. E eu a recordo muito bem.
3- Eu posso muito bem ter entendido errado, eu nem sequer escuto bem. Umas meio-dia e tanto acordo, coloco a música, tomo o café com leite, e passo a observar da janelas os passos das lindas morenas que andam apressadas. Os poemas que Ricardo me mandou são ruins, tristes, e não merecem nem sequer os meus pereceres. Prefiro me suicidar a ter que lê-los novamente. É preciso falar isso na cara dele, e somos amigos, mais o que posso fazer? Nunca gostei de me esconder diante de uma batalha literária. Ele prefere Hesse e eu gosto de Borges. Somos amigos ou inimigos? Eu não sei nem o que estou querendo dizer com tudo isso. É melhor mergulhar em uma prostituta a cair em cima de uma gostosona feminista. Ele e suas frases poéticas. Ele vomita isso com muita crueldade. Toma no cu...
4- Tentei fugir da polícia mais fui pego. Estava roubando um livro (um noves). Deve ser por isso que conseguiram me pegar. Roubar livros sempre foi um vício muito bom, já que todo mundo gosta de jogá-los ainda novos, eu prefiro roubá-los ainda novos. Eu vou explicar isso a Nati quando ela chegar das férias doidonas dela. Ela também sempre foi boa com os dedos para alguns livros. Principalmente romances (os bons, Lispector é uma que ela gosta, as mulheres amam ler mais do que os homens, não me humilhe tanto Nati, você sabe como eu sofro por ser um homem literário). Nati, eu não consegui ler aquelas porcarias do Caio Fernando de Abreu, mais contínuo com enorme tesão diante das obras de Cortázar.... e ainda continuo com enorme tesão por você Nati, e pelos seus livros...
5- Eu nunca fui católico, diga pra ela ler Neruda espiritualmente, e ela vai se sentir como uma pagã. Eu ainda estou lendo Nicanor Parra, e acredite, ninguém nessa favela sabe quem é Nicanor Parra (na verdade ninguém sabe ou entende o que é o Chile). Parra é nome de poeta, embora Borges Jorge Luis tenha dito que um nome horrível para um poeta (e eu I love the humor of Borges), e realmente é mais um nome para um aspirador de pó do que um poeta. Mais Cummings também não é nada lírico ou poético, e na verdade é um poeta. Ou seja: não confundir os pratos sujos ou lavados faz bem. E ela lê Neruda... e ela pensa que é intelectual por isso... (!)
6- (!) Tenho cinco minutos para escrever uma carta de amor para sete poetisas. E depois sete cartas de ódio para sete poetas. Tenho três minutos para respirar, e depois morro totalmente na cama. Ainda bem que passo muito bem sem oxigênio, porque uma atriz porno respira menos do que um poeta, e ela nem sequer sabe o que é poesia... ou seja: a vida é irônica com todos nós, homens, mulheres, gays, travestis, anjos, animais, besouros, insetos, plantas, e por ai vai... Tenho que dizer uma só coisa: ela me esqueceu e eu ainda estou chorando por amor. Há há, isso foi engraçado ou será que não?.... (!)

amar nunca me coube

amar nunca me coube
sonhar já faz parte
olhando tanta gente
e algumas trazem saudade...

é nessa vida que tenho
que navegar tentando
acreditar que um dia
vou me salvar...

amar nunca me trouxe
felicidade e esquecimento
mais antes só teve tormento e sofrimento...

Cada vez que sonho contigo
um grito seu é um grito de dó.
E não sei mais o que digo
Só lamento, e só!

aliás


den


rock


sistema solar


dama


decadência


tudo passa

O
                                              CÉU

o
                                 p                 o         n

                            to infinito

a compreensível
arma
a paixão                                                                                             da vida
a alma
as estrelas

as
                                                               uSÕES

       i
       

                                       l

o
        so                                                                                                         MENTO

                                        fri

não entenda pelo lado pessoal: o meu amoréumaflorsangrandonoescuro
nãoleveparaoladoparticular:omeujeitodeteveréomesmoqueteadmirar
nãotentenuncadecifraroudecifrando-meentendadeumavezpeloamordeDeus:
ISSO TUDO É UMA COISA INDECIFRÁVEL
É UM SENTIMENTO ESTRANHO
É UMA COISA.................... É ALGO............. É........ é.......... simplesmente
uma simples coisa: um pássaro voando no céu no espaço as estrelas o sonhos a vida
compreensível
arma
a paixão
espero
entenda

         T

                                             U                                 DO passa.

domingo, 27 de janeiro de 2013

POESIA ANTI-MORAL

TUDO
TEM COERÊNCIA
P
  o
    i
      s

ATÉ UM
MACACO
CAGANDO
CONTÉM
POESIA!

ligações


é um alvo

é um alvo (!) é um ponto é uma amargura
é
  t
    r
    I
s
  T
    E

é                (...)    imagino

...
;
eu imagino
que o alvo
seja eu diria
_SUA BOCA

                                                 (!)

g.a. lima

alvo


passando


AMA


zoom


POEMAS EM ORDEM


(recado a um poeta novo)

SIGA PELO INFINITO
 E ADENTREM AS
PRIVADAS LITERÁRIAS:
quanta bosta há nesse
ninho de cobras que
se chama
literatura!

Gritos

Quando gritam
Meus ouvidos entendem
que sua extinção
está quase completada.
Que ódio que me dá
escutar televisão alta.
E que ódio que me dá
Saber que no futuro
é num caixão que
iremos namorar (e transar)

três primos

Tenho três primos
filhos de uma tia querida:
O mais velho é quieto e calado
O do meio é astuto e admirável
e o novo é o que me dá mais vontade de morrer antes de completar vinte anos.

hai-kó

Vou suspirar
para não ter
que te matar.

brevidade de um sonho

Seria um sonho
olhar essas noturnas estrelas
ou isso é a vida real
esquecida em um espelho?

cansei

CANSEI DE POESIA
CANSEI DE ANTI-POESIA
CANSEI DA VIDA
CANSEI DESSA MENINA
CANSEI DE VAGABUNDIAR
CANSEI DE TRABALHAR
CANSEI DE CHORAR
CANSEI DE ME ALEGRAR
CANSEI DE VER GENTE
CANSEI DE VER PESSOAS
CANSEI DE VER CARROS
CANSEI DE VER NUVENS
CANSEI DE VER POETAS MORTOS
CANSEI DE VER A ESCURIDÃO
só não cansei de ler
Jorge Luis Borges, Bolaño, Cortázar, Elizabeth Bishop, Nicanor Parra & João Cabral de Melo Neto.

parafraseando gainsbourg

Quem sabe um dia
(isso eu não sei)
eu possa te amar menina
mais enquanto não sei
te amo, pois quando não temos
amor
é amar o que simplesmente temos

soneto macabro

Não vão me ler (nem mesmo os estudiosos sábios
que da escola até a faculdade emburreceram tristemente)
como eu gostaria de ser lido. Irão me chamar de poeta
e eu sou um anti-poeta. E me compararão a uma pedra

E dirão que sou um anti-poeta, mesmo eu sendo
Um simples e comum poeta; e irão rir dos meus versos
e minha prosa será o vomito de Cervantes e irei
chorar com cada maldita crítica que me farão.

E é por isso que o meu grito alcança ternura
É um grito brilhante de vida e sonhos
Porque o tempo passa, mesmo sem querer passar.

Vejo só esses sonhos se tornando morte
E de repente tudo se acaba: serei
um selvagem, num ambiente de cabras.


son e to 
realmente te amo; não sei bem; acho;
eu queria que voÇÊ sentisse meu corpo.
Espero que você entenda bem que; não
sei bem; Acho; realmente te amo!

Vendo assim seu rosto: explico: não sinto
Meu Deus, ver tragédias e sentir você
distante de meus braços; e se te amo
A realmente eu queria entender esse amor.

E
   s
   pero
Q ue Assim
S
   e
Ja

O amor que
Carr
e
g
A   S

eu

amor

real
    mente te amo.

acróstico 

Assim que você chegar
Minhas mãos irão te abraçar
Onde poderei alcançar seus olhos
Raramente me afastarei de seus braços e de sua boca.


romantismo simplificado

&
  s
E

v

  o

c

&

s

e

n         tir




o que significa

amor

ENTENDA:

o amoréoamorqueéoamorqueéoamor!

sábado, 26 de janeiro de 2013

poema apócrifo

Na verdade, o verso é um fogo
Ele queima as mãos dos que não entendem
a poesia. O verso é um polvo,
quem diria, e ele se mistura
a água gelada e a sua cor
marinha
significa
vida.

Quem diria que o verso pode saltar
como um gafanhoto ou até (imagino)
voar feito uma mariposa marrom;

isso só se sabe quem adentra a fauna/flora
do que se chama (canta) poesia.

Mas expressá-la é o não-simples da fagulha
que quase não se apaga: é uma tristeza versejar
sem o entender, sem o sentir ou o sentir é o não expressar
da substância viva da sua matéria
que é água
terra.

É um fogo que arde (sem ver, diria um verso antigo)
sentindo e tendo que o sentir (sentir é talvez
o seu único existir);



retrato de novo


casa


anti-métrica


abismo abstrato


elenco


lirismo passional


mii


Goela adentro o café com leite vai


Goela adentro o café com leite vai
suspiros que dão os ramos de vida ao meu cérebro
ai se tudo fosse fácil e alegre!

Eu vivo em um cemitério.

Goela adentro o café com leite vai
na vida e no sonho. A vida
a felicidade toda espanta:
ao sonho que triste sonha
do amor que não nos ama.

Para que estas palavras são
Soltas e mortas
com o interior de leite
Espero solitário ............................................... .................

oh meu Deus o que é um triste?
O que é sem vida... e eu não explico esses suspiros ...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

observações de uma peça trágica


essas palavras começam e terminam com a palavra "desespero",
eu queria entender o que diziam os amantes de outrora
e eu mesmo fico envergonhado em saber que o amor
podia ser comparado a uma perereca.

isso seria ridículo se eu não entendesse o deslizar
das nuvens: elas cobrem o céu
nos dando a suavidade
das sombras.

eu posso muito bem esperar essas coisas acontecerem
aliás, as notícias me preocupam mais que os sonhos.
tudo bem: o desespero é um trágico primo da comédia.


eu não tenho certeza de dizer


Eu não tenho certeza de dizer
Estas coisas envolvidas em símbolos
E imagens que não reflete a sensação correta
Ou (que eu sabia que essas coisas eram meras fantasias noturno, é claro!)
Tantas coisas para dizer que é irresponsável.
Espero que isso não prejudique o que eu tinha preso em meus pensamentos tolos
E espero que venham dizer que as conseqüências que eu tenho: Eu ainda te amo.

regra


mu


saudade


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

no meio da estrada (música)


No meio da estrada (ela suspira)
luzes aparecem de um lado (ela delira)
um sorriso encara a escuridão (ela segura minha mão)
o automóvel segue em frente (ela está contente)
eu estou observando sua saia escura
ela movimenta os seus cabelos pretos
seus olhos são azuis (ela é russa)
no meio da estrada
no meio da estrada
no meio da estrada

estou trocando -


estou trocando em detalhes
olhares e mares
estou trocando em miúdos
bêbados e vagabundos.
Estou trocando por dinheiro
mulheres e carros
estou trocando por um vale
lagos e ares.
Se eu posso escolher o que
quero ser eu vou ser o que eu sou
Me deixa escolher a dor que sinto por você
Que escolho ser
Trovador do amor.
Estou trocando por jóias
uma porca e uma porta
estou trocando por centavos
uma lua branca e uma amante negra.
estou trocando os alemães e seus canhões
uma judia e mil corações.
Se eu posso escolher o que eu sou
eu quero ser o que sou sendo
e te faço além de trovoar
amar amar amar e delirar.

Rosa


Rosa coração
minhas mãos
em suas mãos
a cada instante
que sinto se eu digo
que sinto Rosa coração
dá-me suas
mãos!

sombra, transparência, peso, plumas, pêlos


uma arte


di zi a


o aço do berro


quase mondrian


basta


as nuvens apagam a lua


Eu nem sei como dizer
o ganho que esta lua recebe;
Nuvens camuflam sua imagem
e ainda ela continua a brilhar;
O preço de seu brilho era
não pagar, pois ela deve!

Eu queria refletir os momentos de tensão
que a alegria é um ponto que
passa. E se soubéssemos
o que é esse sentimento
o mundo viveria melhor
sem pagar direitos.

Eu queria ter certeza sobre essas coisas
E mesmo errado eu suspiro de alegria:
a lua é o ponto fundamental de ruptura
profunda;

E com algumas nuvens
que apaga a imagem do céu (faria
a tarefa do sol em um sonho?
Apagando o mundo como as nuvens
fizeram com a lua?).

talvez você compreenda


Será que
você entende
quando
(lembre-se daqueles
dias) a tristeza
existia viva
dentro de mim?
É apenas uma
rajada de memórias
com semelhanças
entre o que era
eo que não vai?
Talvez você compreenda
uma vez que é a musa que eu amo tanto

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

a musa que é



Eu ainda estou esperando para aqueles
 Momentos perfeitos; para abraçar você;
No entanto, imagino a tranquilidade
 Eu adoraria viver em seus braços;

Eu não entendo todas as queixas

 Chego a dizer "ressentimentos";
Eu prefiro sorriso de amor a dar
 Um grito enorme de dor;

Perdão, (a musa que é)

 A poesia é a poesia, sem o saber;
Sem lágrimas seria tão bom
 Como o lobo beijo ao luar!

eu iria dizer....


telegrama


a espera terminou


se você pudesse entender
que ainda gosto de você
então eu realmente sorriria.

Essa coisa de explicar
essa coisa de esperar
deixa o dia tão sombrio...

eu não sou vela acessa
esperando ser apagada
e você não é respeitou o meu amor...

eu te dei valor e você não foi
e nunca será um objeto.
Eu estava errado e você
sempre estava certa
em dizer que sou menino
e que a paixão virá na
hora certa.

Como pode um homem ser
Esperando um dia por você
Que com outro está deitada?
Esse amor que eu exponho
é ternura ou um sonho? É
amor apenas de fachada...

Eu não fechei a porta pra você
Por favor não tente me esquecer
Eu não sou a lua e nem o sol
Eu só aquele que um dia lhe abraçou
Sou aquele que te amou
Apaixonado....

se você pudesse entender
que ainda gosto de você
então eu realmente sorriria.

eu converso com a brisa
toda santa sexta-feira
esperando ver você me notar...

Apagou-se a esperança
de quem um dia foi criança
e agora tem que homem se tornar
Eu só peço uma coisa
Que você não se esqueça
Do dia em que começamos a nos amar.

a tímida


Venha não  se acanhe
menina tímida é sempre bonita
esse seu jeito correto
é o que mais me enfeitiça.
Não fique assim por favor
Segure minha mão e me beije
Por que pra falar de amor
Eu contínuo sendo um peixe.
Seu jeito assim solitário
olhando pra mim de esguelha
me deixa mais apaixonado
e eu não aguento essa espera.
Tímida linda Tímida que amo
É esse seu jeito é você quem
Realmente amo.
Não se preocupe com as outras
perto de você são fachadas
e é por isso que eu digo
Você que é minha amada.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

na solidão

de repente me perdi na solidão
e esqueci que a aurora se perdeu
nos olhos de uma religiosa.
não se apagou o sofrimento
não se apagou a esperança.
o fogo que me tocou não
foi o da glória e nem sequer
o do ódio: os livros me
aconselharam a solidão
e eu os agradeci
com imensa
alegria.

tree haikays

Um sonho cala
a imaginação que sofre
do apaixonado solitário!


Imagino a perfeição
Do nada e ME
resta as palavras.

de poucos momentos
é que se é feito
o agora que se passa.

bateu em mim


pensando nela


Pensando nela
a ereção é indispensável
e no ato de nela estar
pensando
o gozo jorra
espontâneo.

Tigresa


Eu posso ter a grandeza de um leão
E eu nunca chegarei a seus pessoas, bela tigresa.
Da sua nudeza, reparo teus seios
Suas curvas revelam a beleza da natureza, ó tigresa.
Andas com suas nádegas soltas, como se o oxigênio
Que adentra suas narinas e sua boca
Fossem a falta de uma língua adentrando
Seu perfeito e suave clitóris.
Tigresa, tu desces o rio como se quisesse
sentir a presença do vento sobre suas pernas.
Seus seios reluzem na escuridão como tochas
E mesmo assim, em suas patas, não sei se te devoro ou sou devorado.



Em plena vontade de dizer algo


Em plena vontade de dizer algo
Nada salta nas linhas invisíveis do meu ser.
E isso que me devora por dentro
"Essa dor na alma" (e eu já ri
quando escutei essas palavras)
Me devorando como se... como se eu
Estivesse querendo saltar no infinito
Que não vejo, que não sinto.

Me devora por dentro essa saudade
E o meu berro é um eco (um eco
que se apaga, como uma palavra
numa folha recém-rabiscada).
Estou na duvida se continuo
a existir, ou se simplesmente
não existo: afinal, nem sequer sou poeira.

E aqui estou eu, pleno de símbolos tolos
De livros que leio, de palavras que devoro...
Eu preciso apenas sentir a vida
Mais continuo sendo esse vivo-morto.

Não me importo nem com o horário (são três e trinta e um)
Versifico o que me pula como um sapo,
e se apenas explico o que são esses saltos
eu temor e exemplifico: são confessares!

E se isso o que eu dito não explico
Eu fico apenas pleno de minha consciência:
dizer não me digo, apenas vivo (não sei se isso minto).

pleno tédio


beloembelo