sábado, 31 de agosto de 2019

Paixão de prata



Atrevida flecha dos olhos
Coroando o céu azul de
Ondas vermelhas e pratas.
Mãos que se escondem

Como vinhos de fogo,
Águas onde descem lírios.

As pequenas flores se
Exalam com dissimulada
Ironia de ser perfume
Sem espinhos ou fúria.

Morre a morte do oceano
Nas praias de ondas e sonos.

Ao ser



fiz alguns poemas sobre coisas,
curiosamente o mar efetuou
duas perguntas noturnas:
és tu, o silêncio, És tu, a árvore
MoRtA?

Não entendi bem a.pergun(arespos+ta)
Já tinha sido dada. Ista.
particularmente eu gosto de ler van-
Vamos fugir do (guarda.

depois, detalhe de um pássarinho,
eu li que uma pedra estava no meio
do caminho: era uma construção?
não sei. O mar. Perguntou.

Perguntei. Fiz algo. Fiz.
Exterior. Arquitetura. Complexo.
Televisão se vê como se é. Cego.
Deixai que arrebentado. Algo.

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Dos incômodos



Sabe
Por que
Você incomoda
Tanto?
Porque você
Não precisa
Usar o nome
De Jesus
Para ganhar
Dinheiro profano.

Apocrifo de Willy Lewin



Nem tudo é lírios, como digo,
Às vezes, a ausência se sente.

Quanto mais palavras se quente
As ruas da noite se abrasam de gente.

Fogo de arte direta como
A lua é prata e as estrelas vermelhas.

Tem coisa mais ridícula do que ser
Poeta? Ou tudo isso é armadilha

Do capitalista vendido?
Se dizer máquina é de certo,

Ou saber quantas gente sofre
Colhendo laranja nesse inferno.

Pessoas? O que brilha são
Os astros da noite profunda.

Duvidados HQ


Série: Do fundo da alma quebrada





Peixe



Peixe, pescado
Na rede, pescado,
Peixe, verde, de
Escama azul,
Verde, verde, ver-te
Peixe, como a lua nua
Nu no mar sem rumo
Fundo é tão profundo
O mundo como é raso
O céu
Azul.

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

A procura



Eu procuro me encontrar
No silêncio das coisas,
Da cidade cercada de ódio.
Há a coisa incerta do coração,
Que não diz muito, porque
Sou como uma folha  nessa
Imensa massa de concreto
Nas florestas destruídas
Que já não são.

I am a Sephardic Jewish comedian, I send a sample of my jokes

jokes
1
One time my grandmother was a Jewish woman, you know, and she gave me an old gold coin from Russia. I kept this gift very lovingly on the left side of my chest near the heart you know. So I walked down the street. Suddenly I was near a square full of missionaries trying to convert people to Christianity, and the crazy missionary hurled a very thick Bible toward my chest. The Bible would have entered my heart had it not been for the currency protecting me.

2

I don't know what my girlfriend's problem is. She is very curious. I kept asking me to introduce my wife to her.

3

There is a law that when you have comedy writing, you can know about anything that makes a profit. Every Jew I know knows about it.


4

What if planet earth is just one of those little balls that gets stuck in the asshole of pornstars, floating in space?


source:https://www.pensador.com/colecao/gabriel_ataide/

Uma vez

Uma vez, a minha avó era uma judia sabem, e ela me deu de presente uma moeda de ouro antiga da Rússia. Eu guardei esse presente com muito carinho do lado esquerdo do meu peito perto do coração sabe. Então eu saí pela rua caminhando. De repente eu estava perto de uma praça cheia de missionários tentando converter as pessoas para o cristianismo e o missionário maluco arremessou uma Bíblia muito grossa em direção ao meu peito. A Bíblia teria entrado dentro do meu coração se não fosse a moeda me protegendo.

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Com arte moderna e questionadora, adamantinense sonha em ganhar prêmio Nobel de Literatura



CADERNO II

Com arte moderna e questionadora, adamantinense sonha em ganhar prêmio Nobel de Literatura

BY IMPACTO NOTÍCIAS

JULY 22, 2019

Escritor, comediante e artista plástico. Isso é um pouco do adamantinense de 23 anos Gabriel de Ataide Lima, que se destaca com sua arte contemporânea e questionadora. Com traços e expressões que fazem refletir, o jovem prodígio coleciona obras, desde poemas até histórias em quadrinhos.
A sua ligação com a arte teve início ainda criança, incentivada pelos seus avós. “Desde pequeno já ganhava livros de meus avós (a avó descende de judeus poloneses), e gostava muito de ler sobre as pinturas modernas de Marc Chagall e Joan Miró. Foi através de revistas e livros que me liguei com a arte, partindo daí comecei a escrever poemas, romances e contos”, relembra.
Aos 13 anos, o lado cómico aliado à reflexão o motivou a escrever piadas curtas. “Sempre me inspirei na comédia, que já trouxe de berço. Gostei de abrir uma resma cheia de papéis e escrever piadas e frases engraçadas, e isso me motivou a entrar no mundo dos quadrinhos”, recorda o artista. “O cotidiano e a vida com suas limitações, tudo em volta pode ser transformado em comédia, e como sou um escritor cômico sempre divulguei as minhas piadas por meio dos meus quadrinhos”, complementa.
A inspiração do autodidata para sua arte vai desde os renomados pintores Marc Chagall e Joan Miró até o conceituado cartunista brasileiro Maurício de Souza, passando também por diversos estilos de arte. “Os meus trabalhos são inspirados nos cartuns de Maurício de Souza, que lia sempre desde pequeno, Matt Groening, o criador de Os Simpsons, Woody Allen, uma fonte inesgotável de prazer, Osamu Tesuka, criador de Astro Boy, e Shigeru Miyamoto, com o Mário na Nintendo”.
Em relação ao futuro, Gabriel afirma que carrega dois sonhos: “um é poder lançar os meus trabalhos como uma série de livros para todo o estado de São Paulo, e o outro, é o sonho que todo escritor carrega na alma, o desejo incessante de ganhar (só Deus conhece o futuro) o prêmio Nobel de Literatura”, pontua.
E, para isso, a máquina artística de Gabriel não para de produzir. Apesar das inspirações, ele traz em sua arte características próprias, que os leitores do IMPACTO poderão conferir a série ‘Warner sem limusine’ a partir desta semana. É uma série cômica traz piadas autorais de um autor regional que faz parte dos artistas contemporâneos da Nova Alta Paulista.
IMPACTO NOTÍCIAS



Fonte: Jorna

Artista adamantinense expõe criações na Biblioteca



Artista adamantinense expõe criações na Biblioteca

Gabriel de Ataide Lima traz para exposição obras abstratas, com influências do pintor catalão Joan Miró, e artes religiosas, inspirada no catolicismo local
 
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Obras de Gabriel de Ataide Lima podem ser admiradas na Biblioteca de Adamantina (Foto: Divulgação)

O jovem adamantinense Gabriel de Ataide Lima expõe suas criações na Biblioteca Municipal até esta sexta-feira (2). A exposição é formada por pinturas contemporâneas de G.A. Lima, nome artístico do escritor, comediante e artista plástico.
Ele traz para exposição obras abstratas, com influências do pintor catalão Joan Miró, e artes religiosas, inspirada no catolicismo local. 
As criações com traços e expressões que fazem refletir podem ser conferidas na Biblioteca Municipal Cônego João Batista de Aquino, que fica avenida Adhemar de Barros, 200, Centro.


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Dos amores



Será folclore acreditar
No amor profundo que
Temos um no outro?
Deixando mensagens
Nos muros e nos papéis
De cartas timbrados com
Selos não-oficiais.

Devemos em nossos
Beijos acreditar na força
Que nos une em calor.
Que nos une em amor.
Que nos une inesquecívelmente.

Maktub de Glauco Mattoso



Não acredito em destino,
Mesmo assim, se já estivesse
Escrito o nosso dia,
A noite seria amarga
 E de novo estaria fria?

Será só vício o que constrói
E destrói a hermética cidade?
Ou devemos recitar Mallarmé,
Baudelaire, Paul Celan, até tarde?

Nunca queremos fazer
Parte desse mundo que na
Verdade, culposo é de sociedade.
Isso é doente (a noite é fria).

Estava escrito. É verdade.

Existe



Existe algo no coração
Que não se expressa no corpo,
Não pulsa da alma,
Não gela o espírito,
Não quebra o metal,
Não fere o destino,
Não abre a chave do bem,
Não destrói a chave do mal.
Algo inominável.
Talvez girassol,
As vezes algodão.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Ode incompleta para Luís e Federico



INT. CABANA RURAL DO
 TEATRO AMBULANTE DE COMÉDIA.
HIENAS RINDO E ELEFANTES JORRANDO
ÁGUA.

LUÍS - triste
O que eu eu queria mesmo Federico era escrever um romance que abalace o mundo.

Corte de cena.  Foco no rosto de Federico olhando o poente.

FEDERICO
LUÍS, A VIDA É TRISTE COMO
UMA FACA NUMA ESTRELA DOS
OLHOS DO APARTAMENTO.
AS PEDRAS SÃO BRANCAS.
NÃO HA MAR NO HORIZONTE.

Música distorcida de guitarra. As mãos de FEDERICO tocam um sol. A lua aparece nos olhos de Luís. 

LUÍS
AONDE EU TE VEJO 
O SOL TE ACOMPANHARÁ.
AS NUVENS PASSAM COMO
OVELHAS NOS CAMPOS.
DONINHAS E ESQUILOS 
AS FLORES E BORBOLETAS.

FEDERICO - irritado
Não me fale de borboletas.
Eu gosto de coisas mais intensas, como o cinema de vanguarda, o circo, a literatura de Cervantes. Eu gosto de ver a dança das ondas do mar. As lágrimas dos peregrinos, o sol lento cantando com as palomas no horizonte.

Corte no rosto de Luís. Uma lágrima desce.

LUÍS
ELA ME ABANDONOU, FEDERICO,
ME DEIXOU POR UM ARCANJO
QUE PEGAVA FOGO NAS ALTAS
COLINAS DOS VULCÕES.

FEDERICO
O AMOR É UMA FACA.

LUÍS
SEM ELA EU NÃO VIVO MAIS...

FEDERICO
O AMOR É UM QUERUBIM DE PETRÓLEO.

LUIS
EU JURO FEDERICO, EU VOU
ESCREVER A MAIS BELA PEÇA TEATRAL.

FEDERICO
O AMOR É UMA DOENÇA INCURÁVEL.

CORTE. LÂMINAS DE METAL VOANDO

EXT. CAMPO ABERTO COM VARIAS OVELHAS E PASTORES.

LUÍS
A LUZ SE APAGA AO LONGE.
FEDERICO, ESTAMOS CANTANDO,
REGRESSAMOS PARA A VIDA ETERNA?

FEDERICO
Não diga bobagens Luís. A luz dos postes estão sendo acessas. Vamos recitar poemas para a escuridão. O por do sol é nosso destino.

Luís chora. Federico se curva, como agradecendo as flores. O vento passa e sussurra:

VENTO
O por do sol é o nosso destino.

A vastidão de uma cidade é



Mundo, vasto e imundo, solidão das coisas mais extraordinárias,
arpas do céu, vinhos, 
infinitos que se perdem entre os nossos olhos e o céu, entre o amor e a espada. 
Mundo sem nome, bruto,
mundo sem vida, morto,
infinitos planetas giram
em nossas almas transladadas.
Aí dos átomos eternos, aí dos suspiros poéticos, pois os portos dos navios
foram fechados para nós, e nossos
olhos como gigantescas torras de
concreto formaram cidades, ruas
imensas e largas para procriarmos
o crime organizado, a corrupção,
onde a elite zomba dos doutos incultos
que acreditam que os livros são pecaminosos,
pois já não existem nesse mundo,
nesse vasto mundo onde moramos
tu, eu, nos, todos como meros atores.

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Na voz de Bethânia



Na minha voz o amor
Na minha voz o sol
Na minha voz eu vou
Na minha voz eu sou
Sua eu sou seu eu soubesse
Que o amor era assim eu me
Alegraria em te ver de novo
Porque a vida é uma estrela
Que sempre brilhará de novo.

Na voz de Caetano



O tempo passa pra nós
O tempo passou
A lança a luz na voz
O tempo voou.

Perdi achei ganhei
Morri nasci cantei.
De onde fica vamos
Não sei não sei.

Tempo escuro de muros
Cinzentos dias nações
Muros vila castelos
O universo não é sério
Eterno berço esplêndido

Quero ser nesse tempo
As asas as barcas a nau
O navio que afunda a nave que voa
Litoral

Porta que se abre
Pra mim partir até a lua
Literatura de raiz Guimarães Rosa
Ariano Suassuna.