terça-feira, 22 de março de 2022

Eu nunca fui



Eu nunca fui a parti alguma,
Não sei maldição ou destino.
E nada aconteceu. A não ser
A morte e a escravidão.

Volta a Rússia

 




Vem chegando a brava Rússia
Os bravos soldados eslavos.
Homens do navio e do gelo,
Prontos para tirar da Ucrânia
Os tiranos, os usurpadores,
Os americanos ladrões,
Os embusteiros comandados
Pelo embusteiro maior.
Porque a Rússia sabe, meus caros,
Que o que move eles são
O desejo de guerra.
Para se evitar a guerra se faz
Guerra? De forma nenhuma.
Os soldados russos são amados.
Estão ali para libertar, tirar o falso
Do poder.
Não deixem o inimigo as portas,
Se não nada poderemos fazer.
Essa foi a mensagem da brava
Rússia, da nossa Rússia,
A que amamos e que vai vencer!

Eu



Eu, que nem sou poeta.
Apenas réptil.
No máximo, um bruxo.

Adeus, amigos



Adeus, Walt Whitman,
Adeus Neruda, Lorca,
Adeus Drummond,
Adeus Meirelles, Pessoa,
Adeus Yeats, Tolkien,
Adeus Lewis, Rowling.
Quero bem a todos.
Soletro: A.D.E.U.S.

Para mim


Para mim basta o
Mar.
E mais nada.
Talvez o vento,
As uvas,
O amor,
O celeireiro beijando 
O outono.
Para mim mais nada.
Nem garfo,
Nem colher,
Nem ouro,
Nem prata.
Coisas tolas.
Sem importância.
Basta o mar.
Esse antigo, velho,
Esse doce, jovem mar.
Há quantos anos não
Nos conhecemos?
Dias infinitos tenho eu,
Elo de homem com oceano.
Para mim basta o
Mar.

À distância de mil metros

 Que bonito seria o teu Mar

Se soubera eu nele Nadar.