domingo, 30 de dezembro de 2012

reservado


Não viste um rosto...


Não viste um rosto
assim triste como o meu
Passeando pelas ruas
Sem alegria ou felicidade?

Um rosto sem cor
Sem forma, um rosto
Completamente ateu
(ateu, mais sempre seu).

Um rosto em pânico
gritando versos livres
esparramando as palavras
no ar.

As palavras sem sentido
sem significado algum.
Apenas palavras jogadas
Nas mares, por um rosto
Solitário, triste e ateu
(ateu, mais sempre seu).

sábado, 29 de dezembro de 2012

o poeta não vive


o poeta não vive apenas de poesia
a poesia do poeta não é apenas poesia
alguns pensam que isso é poesia: rima!
Se enganam sem saber que na verdade
a poesia não faz parte da ilusão e sim da criação.

Estarei feliz



Luz
vento
mar
tormento. Tudo
me faz ter sentimento.

Espero que essa cegueira
considerável de minha cabeça
suma. Espero ver o boi
passar pelos campos
da minha cidade (se ela for a minha cidade).

Quero
ver as estrelas no luar
quero ver a luz dos seus olhos.
Quero ver... a moeda jogada no chão... e tudo o quanto mais quis...

Quero você.
Se você me quiser
estarei vendo o mar... o deserto...
o castelo e as feiticeiras que me apoiaram no momento
que mais tive choro.

Estarei cantando com as dríades
e
com os faunos... estarei não nas profundezas... mais no céu.

Estarei com a minha adaga
de ouro
não maciço
mais ouro
ouro... o ouro dentro do ouro. O ouro "ouro".

Estarei feliz!

Quanta inutilidade


Coloquem as mãos nos bolsos
Será que eu estou morrendo?
Isso são tubos de oxigênio ou é
Um programa de televisão?

Os espíritos estão gritando
Alguém sorriu pra ela
Ou não?

Quanta inutilidade
Quanta inutilidade
Quanta inutilidade
eles dizem a verdade.

Abrimos as asas do que...
Sofrendo por tudo e mesmo assim...
O tempo anda apressado pra todos...
Não venham negar: Quanta inutilidade.

As armas carregadas da sobrevivência
Os olhos de um dragão enferrujado
Uma águia gritando por dinheiro
E ninguém entende nada...

Quanta inutilidade
Quanta inutilidade
Quanta inutilidade.

Estão mortos e ainda não sabem...

anti-inspiração


1
Se importar com algo
Como por exemplo: dunas e pedras.
Não se importar com algo
Como por exemplo: amor e velas.
As arestas do sentimento são
As coisas que não estão em mim.
Coisas rebuscadas, matéria bruta.
No decoro de sentir sentindo.
Quanto sentimento é esse que
Todos tem e que tantos desabafam.
Não se importar com desabafos.
Anti-sentimental é não ser igual puta.

2
Alguns se importam com o dentro
Não o fora que é o visto. 
Ver do metal que é barato, 
mas vale ser o que se vê do que
Dizer sentimento de coração: PUTA.
Se importar no descrever no descrever
Que há de ser direto e indireto e ser
porque só vale ser o que já não se pode ser.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

POEMA CENSURA


Na Forma desforma


nervo


Suspirando a fumaça que um beijo quente


Suspirando a fumaça que um beijo quente deixou
Sobrou as marcas de um apaixonado que se matou
No suicídio sobrou a carta, um tanto domesticado
Em português triste e bem-esculhambado: flôr moro por amô.
Ela nunca leu a carta, as ondas apagaram suas linhas
As nuvens trocaram de formas
Antes cavalos, tornaram-se dragões, Antes martelos
Tornaram-se bigornas. E martelou-se o céu e soou o vulcão.
Sobrou no rosto dele a morte, a tristeza e a solidão. Chorava
As flores do campo, o boi pastava seu leite, o pasto pastava seu boi
Suspirando a fumaça que um beijo quente
Esquecemos os anos, os dias e a noite
E mergulhamos em um momento
Que sobrou e mergulhou no esquecimento.

ela anda/mulher

ela anda/mulher
A mulher em sua forma
Anda tímida corre andando.
Sente o ar de suas nádegas
Sente os olhos a devorando.

Uma linda mulher uma rosa
Uma rosa uma mulher linda.
Um sorriso apenas basta
Para contentar-lhe o dia.

Esses dias essa mulher
Andou em calçadas sem saber
Escondia o sorriso do amor
Esse amor puro sem sofrer.

Não era feita de fechada
Mulher completa beleza carnal.
De ser linda e admirada
Quando não tocada ou apalpada.

Apenas você


Vou seguindo em frente
e os passos nas areias
guiará você até mim.

Não me resta nada a dizer...

Ainda estou dizendo
os mesmos versos de amor
que eu já te disse na escuridão.

Tua voz de pardal
e seus olhos de horizonte
me despertam pra vida
e me afastam da morte.

Você é o raio certeiro
Que vi ao longe queimar
Meu peito desesperado...

Você... mais ninguém... Apenas você...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

olho por olho dente por dente


salve Nicanor


anti-emoção / para Joaquim Cardozo

diziam-me que na escuridão da vida
Não diziam, eu dizia isso na escuridão
O QUADRADO DE QUATRO LADOS RE
PRESENTA AS LUZES DIVINAS E NÃO A
MORTE.

A escultura presa, a presa atacada, a pressa de
Se misturar o novo com o antigo. Isso uniam
Vanguardistas e Oportunistas de montão.
a arte não se faz com o papel apenas e nem
apenas com o papel ela se faz. Ela se faz com
O papel, o carvão, a matéria, o ferro, a emoção, a
NÃO emoção da Anti-emoção!

diziam-me que na escuridão da vida
Podiam-se ouvir os cantos das sereias no horizonte.
Diziam-me não. Eu dizia isso na escuridão. E como
Sempre eu falava a língua do não (da explosão sem emoção).

martelo


mero momento


semi-forma


in imagie


Faetano


pepsi concreta


Na faca Prata


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

não chore por favor


não chore por favor.
Por um instante
eu te dou o meu amor
eu sei que isso não muda
Não muda nada de mim
Não muda você
tudo enfim
Não tira o sofrimento
Não tira o pensamento
Eu queria estar no deserto
E estou vivendo sem você
Ainda assim eu penso
Que um dia vou te ter
Ie ie ie ie
Eu preciso me entender.

uma estrela brilha


uma estrela brilha
brilha tanto meu amor
brilho forte que não cega
não apaga essa dor.
que nesse peito que me deixa assim tão triste amor
eu preciso esquecer do seu amor
ioioio

o seus olhos


o seus olhos tão meigos
sua boca tão macia
seu sorriso me dizia
que eu era sua vida.
Você foi tudo e nada
Foi por dentro o que restou
Meu amor só mágoa tu deixou.
E agora eu vou buscar um novo amor.

Ópera


Esperei no sonho um prazer que não veio
Mergulhei nas sobras que me acompanhavam
E vi seu rosto no espelho da mágoa do amor
(porque todos poetas moços gostam de sofrer por amor?
Tolos! Só se sofre Por amor quem realmente é correspondido. Tolo!
Nem sei mesmo o que digo.

Tudo muda mais uma vez
Até os astros do céu mudam de vez em quando.
Só eu não mudo. Sou eu mesmo
Sempre repetitivo, sempre o mesmo lamento
Sempre o mesmo poema, os mesmos sonhos
Os mesmos amores, as mesmas mulheres,
os mesmos caminhos, os mesmos dias e as mesmas horas.
Chega disso, eu peço e imploro de uma vez
Por que eu não consigo dormir mais
Porque eu não vivo e nem vivo o meu sonho. Sou o sofrimento da noite.

O que estou dizendo? Nem consigo entender.
Queria estar ao seu lado. Só escuto apenas... o silêncio
e o barulho da televisão. Ó santa modernidade
que não acaba com minha solidão
Ó coração que sofre sem razão.

Saudade de tantos e tantas
Saudade de um bem que não volta.
Estou morto e disso eu já sei
O abutre já me seguia no berço. O meu desejo era de ama-la
E não mais a verei.

O meu tempo é grande
e mesmo assim me parece tão curto.
Nada nas mãos, nenhum dinheiro
Nenhum verso bom, nenhum amigo
Nenhum amor, nenhuma lembrança
boa e ruim são só lembranças
E ESQUEÇO-AS...

Sou milhões em um
Sou luz e trevas
Sou dia e noite. Não sou nada
Tenho tantos amores
Não tenho nenhum amor... Sou apenas o absurdo
De que é uma pessoa nesse mundo...

Não teno nada a dizer e nem a esconder... A pureza dos meus ossos
Corroem a pureza da minha carne. I am the boy in hell worl. My life is the sky
eu não entendo nada... tudo tudo me escapa... Sou apenas um humano...

Quem me derá dormir agora
e descansar nessas horas
que me restam...

Não quero ser mais nada
Chega! Não quero usar gravatas, nem roupas burguesas
Não quero nada.

Vão pro inferno e vão tomar no cu seus filhos da puta.
Esse é o meu lema e o lema da lua, do sol e de plutão.

baleia chorando no oceano


linha de trem ao sol


ANTIGO CHORO


terça-feira, 25 de dezembro de 2012

alguns momentos


essa dor que eu sinto
é você que me provoca
mesmo sem saber!

Como eu queria tomar vergonha na minha cara... só pra dizer pra você: eu te amo!

de que vale minhas frases tão bonitas
se você nem sequer lê ou entende elas?...



segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Hello Hello

Hello hello nos entretenha por favor
Veja só o dia está lindo que calor.
Hello Hello nos entretenha por favor
com suas baixarias lindas que horror.
Achei difícil viver aqui agora sinto
É assim: Hello Hello cowboy idiotas bêbados.
Hello Hello entretenha-nos com o funk miserável
A música mais baixa (xaria xaria baixaria por favor
Precisamos de um golpe porque o dia é um horror.
Hello Hello eu preciso copiar
Hello Hello eu queria ir gritar.
Hello Hello entretenha-nos por favor
Com baixarias agudas e friezas midionais
Porque somos porcos e não vemos telejornais.
Hello Hello somos sujo de religião
Hello Hello meu Deus pode tudo... ele é o dinheiro
Hello Hello eu penso nela o dia todo
A baixaria por favor
As amizades novas com cerveja gelada
Por favor mulheres nuas nos comerciais...
Hello Hello queremos isso e nada mais
Somos meros humanos... Animais!

domingo, 23 de dezembro de 2012

continho

 Ele é macho. Nossa, e porque? Por que ele fala português. Ri e comecei a seguir os passos dela, do jeito dela, mesmo eu sendo um simples maluco, eu estava completamente atraído por ela. Não uma atração sangue-suga, e sim uma atração eclipse de qualidade. Eu gosto de me movimentar pela rua, olhando e observando o vaie vem das pessoas apressadas. É o mesmo que ler Euclydes da Cunha ou Ariano Suassuna, só que eu gosto de ler porque eu me impus isso (não quero falar da minha vida, me dê licença por favor). Mas perto dela eu acho o amor totalmente sensacional. E já imaginou se o amor não fosse assim? Seria apenas uma imensa brincadeira. Deus me livre de ele o ser assim. Assim como? Do que é que você está falando? Nada nada. Ela é tão linda quando me questiona e anda, ai ai.

um sorriso em pranto

Um sorriso em prantos
Um rosto em prantos.
Um menino sofrendo por amor
Um homem sofrendo por uma dor.
Uma mulher chorando por ele
Uma menina querendo falar com ele.
Deus ainda perto e longe de todos
e o mundo? Que absurdo que ele continua sendo. GA.LIMA

imaginário


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Soneto de alguém cansado


Se eu buscasse realmente algo
Eu não tenho tempo disso agora.
Olho e revolto-me com tudo
Mesmo vivo sinto que chegou minha hora.

Perdi-a e perdi-me em tudo o que tenho.
Não quero mais me entender,
Me entender é cansativo e complicado.
Quero ser outro... outro mais alegre... menos delicado.

Homens assim não faltam, mulheres assim continuam
E continuando nisso ninguém chega a nada
E a vida é cansativa e tudo me basta.

Basta e estou cansado de sentir
Sentir sempre é complicado. Se eu sentisse contigo
Talvez estivesse mais vivo e não tão decepcionado.

Estou além da vida


Estou além da vida
e dessa nada ninguém me explica.
Sou sonho nas lembranças de algum
e sou cansaço nos braços de outro
ando tão canso e olha que ainda sou moço...
Estou além da vida, além de mim mesmo.
São duas da manhã e nem sinto o coração
Que mundo é esse que se vive de ilusão!
Eu posso ser aquilo que me dar vontade,
ser eu posso nunca sendo
e é assim mesmo que se vai vivendo... Vivendo
Quem pode me explicar o meu ser? O meu viver?
Não posso me calar agora, mais os deuses um dia
Me calarão... Sou do oceano apenas uma gota.
Amigos tive, me deixaram. Amor tenho, eu não o quero.
Não quero nada que me dê um peso na alma
Não quero carregar Portugal e o Brasil em minhas costas.
Sou tão jovem ainda que sinto a tristeza me abraçando
que horas são essa que se vão passando?
Em vão... porque tudo é vão. O beijo da moça é vão,
A caminha acompanhado é vão, o escrever é vão, os poetas são vão
As tolas religiões, os deuses tolos, os políticos, os churrascos aos domingos
Tudo vão. Só me resta a música da alma que não é calma.
Calma terei quando morrer, e enquanto moço não morro.
Jogo fora as esperanças de ser quem não fui e quem não quero mais ser.
Lasco meu nome aos céus: Gabriel, que prendam o anjo por isso. Não
sou o Gabriel, não sou quem me chamam ser quando passo de cabeça baixa
suspirando triste súplicas de piedades pelos meus algozes zombadores.
Eu zombo deles porque me resta a inteligência, mais ela nada mais é
Que o descabimento profundo do desgosto da alegria.
Vá pra puta que pariu todos os que querem apenas a alegria.
Deixe-me sofrer, chorar, sonhar, cantar, gritar, sangrar
Por que sou feito de osso carne e sangue e não tenho mais nenhuma amante.
Sou apenas o pálido que não dorme. Sonho sem querer sonhar. Não tenho sono
Acabem comigo seus imundos. Minha cidade é imunda, como todas as cidades
O são. Eu estou tão triste que nem a bebida pode me salvar da depressão.
Não quero carinho, não quero quimeras, não quero ninfetas, não quero ninfas,
Não quero prostitutas, não quero mulheres, não quero homens, não me quero, não
Quero ser assim, mais é assim que me Quero e me querendo sou não sendo.
Óóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóó
Alma que grita com a minha distante enquanto caminha pelo sol
Sol que já me comparei sendo como um, não sou nem luz nem trevas
Óóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóó
Sou apenas o passado do presente, e o vivo desencantado com o futuro
Óóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóó
Me aquieto sofrendo por dentro e ninguém me oferece um chá de amor
Óóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóó
Eu quero que se dane que se foda que morra a paixão e a escuridão
Óóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóó
Que tristeza é ser quem eu sou mesmo não querendo ser quem eu quero!
Abram as cortinas porque necessito de calma e de espaço para ser compreendido
E lá se vão as ferraduras da esperança, enquanto meus olhos em vão descansam.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Quantas trovoadas despertar-ão a alma sonhadora que


Quantas trovoadas despertar-ão a alma sonhadora que
Nas geleiras dos sonhos está despertando silenciosamente com os raios solares
Fundindo-lhe os olhos com as nucas, cobrindo-lhe a boca com o vento, soprando-lhe
o cabelo com o pó de produtos higiênicos de super-mercados capitalistas!
Quantas! Quantas ão de ser? E trovoarão até o anoitecer ou o amanhecer?
Mesmo com o céu fechado com as chaves do fim do mundo, ali estarei eu
Com o guarda-chuva (não quero me molhar) ao meu braço direito,
Com os óculos escuros postos sobre meus olhos,
Com o casaco caso faça frio. Quantas! Quantas trovoadas serão?
 E quem gritará quando o barulho de canhão soar junto aos cantos dos galos  pequenos? Eu gritarei apenas no começo do fim do mundo e tornarei a ver os
Sonhos dos imundos seres martelados pelo martelo do destino
Que é cruel e sobre-humano. E dançarei sobre a lua depois da meia-noite
E a lua irá desaparecer porque a vida retornará ao seu ponto inicial e o martelo
do ferreiro martelará, e os cantos dos escravos também serão ouvidos pelas
Multidões anti-poéticas que vivem mortas pelo mundo. Assim gritarão:
Que venha as trovoadas, que venham quantas o destino ousar nos mandar.
E assim gritarão os homens vitoriosos de medo: quem somos? quem seremos?
E ninguém responderá e as trovadas irão cessar, e então berraremos:
É para morrer apenas que então vivemos?

com a alma aberta


com a alma aberta
vislumbro o poema que
nasce da música calma

da música calma vislumbro
o poema que nasce
com  a alma aberta.

a alma está fechada
no momento incerto
em que o corpo está aberto.

a música no ar acalma
a dor da alma!

metamorfose feminina




o mundo é um cu


me canto meu canto


Meu canto meu canto
No recanto  das águas
No vento livre eu passo
Areia do tempo apagada.
Meu canto meu canto
Eu não sou nada
Sou uma estrela sem luz
Apagada na estrada.
Se eu pudesse tudo ser
Eu queria ser aquilo que eu
Já não sou, pois eu sou o nada.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

amor puro

É uma loucura eu
Acordar e não saber o que fazer...
Deus-todo-poderoso
que me entenda 
Não sei nem o que significa
Isso
Quero tentar
Tentar
Não é conseguir... é só tentar!
Amor louco, vida louca, alma louca.
Só que lhe direi: quero que esse amor puro feito faca
Corte a carne de vocês!

Em um rugido


Em um rugido você me escapa
Num outro berro você me desaparece
Em sua ausência que se esquece
E o seu signo é ser nada.

O seu cantar é sem som
Não se desespera nunca
Apenas fala e depois escuta:
O seu signo é ser o nunca.

E quando tomas conta de
Notar o céu azul e o tempo chuvoso
Então o riso toma conta de quem
Nunca foi e nem será romântico &/ou amoroso.

formulações


ritos


cinco dimensões




terça-feira, 18 de dezembro de 2012

posso me sentar diante do vaso


posso me sentar
diante do vaso
refletir ele
assim como
refletir o gato.
o gato não me entende
eu não entendo ele
o vaso parado entendo.
Entender é nunca compreender...
e sentado eu acho
que nada sei, que nada passo.

Ouvi dizer que minha alma era um campo


Ouvi dizer que minha alma era um campo
Nisso me confrontei e fui refletir em meus pensamentos.
Refletindo esperei a chegada de alguma coisa,
Mas nem mesmo o vento passou.

O relógio mostra as horas, mais não lhe cabe o destino
De nos dizer o que ocorrerá durante sua passagem.
Minha alma não entende meu corpo
Meu corpo é mundano, sujo, e assim me reflito.

Quero que a impureza me toque
Cansei de ser puro, não ouso ser nobre...
Que o lixo da nobreza, vil e esnobe, seja ao fogo entre.

Ouvi dizer que minha alma era um campo
E se assim for olharei as horas no ponteiro
E hei de saber que destino me espera no tempo alheio.

sonho passa sonho


ONDAONDA ANDO ONDA?


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

toda aberta


o seu jeito de ser toda aberta
assim para todos mesmo quando
recebe uma não-carinho, você abre:
abre sua bucetona vermelha pronta
para ser escrita com o caralho
dos que querem gozar em se anusinho.

esse seu jeito de ser mulher
mesmo quando ninguém mais te quer.
Esse seu jeito de ficar nuna
querendo, desejando ficar
Igual a lua. Você é o que é: uma mulher.

Toda aberta em liberdade, sua
vida mistura o bem e a verdade
Você foi o que sempre quis ser!

el hombre pequeño sonríe el la fotografia y el amor es inútil


nada es imposible


não precisamos de nenhum controle de pensamento


MR INTERROGATIONS


o começo de um fim


o peso de uma dor


so(CO)neto e outras coisas etc...


enigma


soneto duvidoso


Tantas luzes diante е de tão poucos olhos
não respondeu minha dúvida abstrata:
quem é que do escuro pode tocá-las?
As sombras da dúvida cosem m' alma...

Sou apenas isso: o resto de mim.
Mas se eu mesmo me hábito
Não me cabem Tantas  Luzes
que reluzem. E minha pergunta é minha insônia.

Cansa viver assim. Viver assim
Basta tanto para não viver. Colho o
restar de mim: o meu sobreviver.

mágoas, prantos, luzes
isso tudo é deixado no caminho
apenas isso... apenas isso...

domingo, 16 de dezembro de 2012

tudo cabe


ou é?

orddem


bagunça


medita no ar / PARA O IRMÃO FERNANDO ATAIDE


gálaxias


os marginais


universo - publicado em BARROCOS ORNAMENTAIS


briggite bardot

sábado, 15 de dezembro de 2012