quinta-feira, 28 de outubro de 2021

terça-feira, 26 de outubro de 2021

haikai

 De haikai

em haikai um poema nasce um poema sai

Que rosto belo

 Que rosto belo tem aquela que me olha e observa

Enquanto na Luz dourada me desperto,
Sei que a vejo bela e decerto
Só a vida sua beleza preserva.

Não posso nunca esquecer sua beleza de gazela,
Dourando o beijo que ela me dá como estrela.
Jamais deixarei de entendê-la.
És a mais bela, Óh Donzela.

Mil poentes

 Mil poentes

Mil poentes os teus olhos tem. Mil, apenas, e nada mais do que isso. Nada pode ser acrescentado. Eu garanto. Como observo o poente cheio e lírico, cheio de nuvens amarelas e estrelas sorrindo. Mil poentas os teus olhos tem. E nada mais... Amém.

sábado, 23 de outubro de 2021

Deixai o meu nome escrito na areia

 

Deixai o meu nome escrito na areia
Para que o tempo, que tudo esfarela,
Torne as palavras de uma cor amarela.
E que o lembre a mais bela sereia.

Deixai o meu nome escrito na areia
Diante do Mar, touro de águas vermelhas.
Fulgurando de sol os brasões e silhuetas.
E que nunca o esqueça a bela sereia

Gosto de escrever

 

Gosto de escrever.
Assim posso pôr o
Mel das palavras na
Ordem do papel.

O papel é o silêncio,
É o ritmo das consciências.
Como é bom criar,
Sonhar, desenhar.

Nasci artista como
Aquele que nasce
Cego, ou mudo,
Ou surdo.

Simples e direto.
Por isso escrevo,
Amada minha.

Algum poema, sim, algum poema,

 Algum poema, sim, algum poema,

Que venha com o fogo, com o tema. Tudo ou nada; que se decifre em mares Ou mesmo outros olhos, ou luares. Que seja um poente, ou existência, Para se ler com muita paciência. Algum poema, sim, algum poema. Que venha com o fogo, com o tema.

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Para Isabel, meu ouro e mel

 Para Isabel, meu ouro e mel

A arte de amar Essa domino, Desde menino, No beijo a voar, Nos olhos fatais Dos desejos ideias Que sua face morena Trouxe a mim tão plena.

De um verso perdido

 Pelos amores dos mares,

Pelos amores dos cabritos,
Vai levando para outros ares
As bucetas para os pintos duros.

Se o vento passa serenamente

 Se o vento passa serenamente

Nos teus lábios, boca e seios, Vou beijar na luz dos ventos O cristal belo e imponente Desse corpo tão moreno Que carregas como cruz. Onde o Amor vivo reluz, Em teu olhar sereno.

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Schopenhauer

 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. 

Marcos 16:15



Sei muito bem, Pensador, que seus pensamentos

Nascem dos pensamentos dos Vedas Indiano.

Minha alma nascente de jovem Bíblico Cristiano

Não vai concordar com todo os seus fundamentos.


A Vontade que dizes, é cega, IRRACIONAL,

E que nenhuma lógica tem o Viver.

Porém não dizes certo que desprezas o Ser

Porque não foste Amado com o Amor Ideal?


Sofre, todos Sofrem, todos Suspiram.

Pior é aquele que Não Aprende a Matéria

De que Viver não é Todo só miséria.


Somos então corpos representando um teatro múltiplo

Nessa vontade de ações impulsivas 

que busca a vontade da vida, desde Eras Primitivas?






O amor é cego, é mudo, é surdo

 


Bastou a ti o  Amor sem sentido

Mesmo que outros o tenham mais.

Pegando mágoas desses animais,

De poesias que me tens pedido.


Faltou um tema, qualquer que seja,

Para que o Amor ardesse nos versos.

Afinal, a lição máxima de quem verseja

É criticar esse mundo de perversos.


Quebrei esse Amor na imagem dos meus sonhos,

Meditando nas Luzes claras dos anjos.

Palavras cultas te deixei, Coração!


O amor da Humanidade é uma mentira concreta!,

E a mão que afaga apedreja o mesmo poeta.

E assim se engana quem não Ama, vibra Elucubração. 

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Em ti não tenho ti

 

Em ti não tenho ti,
Então não posso ter-te.
Não, não posso tê-la.
A quem pertence
Esse meu ser que
Já não existe?
Pertence a quem?
A mim ou a
ELa?

A moça de olhos puros

 A moça de olhos puros

Chorando no pátio vermelho, Segurava o manto velho Sinal do amor dos muros. Cada lágrima o dia Carregava sua tristeza. E brilhava a pureza Do seu amor que perdia. Adeus, disse a moça, Vendo o galope ligeiro. Partiu para sempre o seu amor verdadeiro.

Vi o seu nome

 Vi o seu nome

Na frente do mar. Pus-te a amar E sem querer some Sua silhueta Não mais me ampara. E nunca mais para Meu choro de poeta. Vago sem ti E suspiro ao poente. Depois, resistente, Canto para ti.

A resposta

 A resposta

Vi tal menina, sentada Na frente de casa, tão linda, Me disse com voz arfada: "Sou a juventude perdida?" Poderia eu, poeta sem lua, Dizer a pequena palavra fria? "Menina, quem poderia Dizer-te coisas tão sua?"

Quem vou deixar aqui?

 Quem vou deixar aqui?

Aquele ramo, Pedra, o azeita, Vou colocar no meio do oceano Todo o meu esperma, E meus filhos serão sal, Espumosas ondas. Vou me abandonar, Não, vou existir, Até o fim serei. E pensarei em ti, O não existente, existente.

Só vou escrever uma vez

 Só vou escrever uma vez.

Porque não nasci para escrever. Nasci apenas para ver As árvores, o Mar, as nuvens. Nem em ti posso pensar, Porque pensar é querer, Quer é sofrer, sofrer é sonhar. Deixai-me quieto.

Breve tempo

 Breve tempo, breve suspiro,

Deixai escrito: "Só posso escrever
Tomando café, não chá".
Deixai sonhar, cantar, meu coração.

Lágrimas, que te quero. Amor, trevas.
Sonhei acordado com ela.
Não era outro o que estava ali?
Sombrio sonho, versos.

Forjarei tudo. Ai, de mim.

Canta, canta

 Para que te endureces, coração?

Canta, canta, e novamente, canta. Retorna a primazia da emoção. E te ardes, e te emocionas, tanta Carga de energia criativa que Te sonda a alma em mistério. Escreve o teu belo sortilégio, E que arde em teu enfoque Nesses assuntos belos!

A ti

 A ti


Em que lugar estarei
Se não no distante dia?
Eu, que ouço a melodia,
Não sou o que retorna?

De novo eu disse voltarei.
E me lembrei da bigorna.
Versos me nasceram,
E poemas me renasceram.

Ficai aqui, nesse norte,
E me deixai escrever:
Eis a minha verdadeira sorte.

Ao Rei dos Reis, JESUS NAZARENO

 Ao Rei dos Reis, JESUS NAZARENO


Jesus venceu
A imensa serpente perigosa.
E as nações
Sentiram seu imenso
E maravilhoso Poder.

Versos de um apaixonado leviano

 Versos de um apaixonado leviano


Deixa o mar levar meu nome,
Por favor, minha senhora.
Não basta olhar o relógio sem hora.
Essa tristeza uma hora some.

Deixa o mar levar meu nome.
Ainda que não me reste ninguém
Irei olhar com olhos d' além:
Senhora, quem se não tu me consome?

Versos de gêneros literários

 Prosa, bela feiticeira;

Poesia, rainha perfeita. Poesia, mulher satisfeita; Prosa, menina na cabeceira. Poesia, fonte de águas; Prosa, perfeito lírio azulado. Poesia, música do mais amado; Prosa, fonte de deságuas.

Nas páginas do meu amor

 Nas páginas do meu amor

Escrevo o teu nome sereno. Onde deixo totalmente pleno Os laços puros desse ardor. Nas páginas vivas do meu amor Aí repousa as asas do sonho. Nessas palavras vivas que exponho Na paixão rica desse louvor.

domingo, 17 de outubro de 2021

Quis ser outro

 

Quis ser outro para
ganhar o teu amor.
E mudei de nome,
e de formas poéticas.

Muitas vezes atravessei
o silêncio e o barulho
sem te ter ao meu lado.
Fui a vontade e representei.

Por fim preferi a liberdade,
esse pássaro que nenhum
de nós carregamos no
peito.

O tempo do tempo

 O tempo do tempo

Com o tempo esqueci-me de teu rosto branco, e ao pintar teu retrato, pus-te a pele escura e bela de sarracena encoberta pela luz lunar de todas as noites.

O tempo do tempo quis ofuscar tua lembrança. Já não te soube mais. Te esqueci, infelizmente. E tua sombra não some.

Sem citação

 

Nenhuma citação pode
no fundo d' minha alma
descrever toda a minha
vida, essa breve vida.

Somente você, aquela
que perdi no tempo,
a saudade, o remorso,
o leviatã sereno do amor.

Por isso ficamos
sem saber o epitáfio
final: avante, amigos,
o que é a morte afinal?

O poeta

 O poeta

Comecei como poeta, descrevi nuvens, espadas, sonhos, espelhos, reis e rainhas me ouviram. Depois filosofei, questionei a vida, os sentidos, arriscando a cair no nada filosofal. Por fim, me tornei religioso, ator de minha própria peça: voltei a ser poeta!

Versos

 A mim,

mesmo que não me queiras,
a mim,
mesmo que não me queres,
a mim,
mesmo que já não sejas,
a mim,
e a tudo o que me rodeia,
nesses jardins do édens de egos,
não me canso
de dizer a ti
que a mim
só me basta
te ter,
e te ter
feliz!

Impacto

 Impacto


Vale a mim o silêncio de se estar quieto,
Mesmo assim, dotados de fala,
Fomos feitos para a comunicação
Externa.
E tudo se comunica comigo:
teus olhos, teus beijos, tuas pernas.

sábado, 16 de outubro de 2021

Visão de toda matéria

 


Passou por mim uma leve Brisa em forte Pranto

Deixando minha alma penada Elevada e fFarta.

E ainda que eu não tenha deixado aquela Carta

Nada deixei para Revelar meu esporádico Espanto.


O Destino quis me assombrar com a Miséria,

Fardo que tive que carregar pelos Caminhos.

Meditei então como um Sábio em Pergaminhos

Antigos, sobre a Luz Recalcitrante da Matéria.


Em Jó pensei em seu Sofrimento passageiro,

Mistério que dirão que foi tão ligeiro

Passando de Verdade para uma Fábula tenebrosa.


A mim mesmo restou cantar o que Morre e Vive

Nem que fosse apenas para Meditar onde estive

Na solidão que Fere e Mata, mesmo sendo tão fFormosa.