sábado, 30 de abril de 2016
sexta-feira, 29 de abril de 2016
INOMINÁVEL
Aquela musa (inominável
Roma, Jerusalém)
passou como um vento
suave
Roma, Jerusalém)
passou como um vento
suave
sem se despedir
noturna. Como rocha
muda decifrou
o ser e mar.
noturna. Como rocha
muda decifrou
o ser e mar.
(inominável Roma,
Jerusalém) pulsou
o teu saber.
~
Ode ao infinito
-para m. mendes e i. Nery
(A)
Esse é o abismo
esse é o canto,
a única rocha
infestada de vida,
de lágrimas e de
imensos sonhos.
Ali está a mão do
artista, do poeta, do pintor.
Expressam em sangue e em
lágrimas suas irraciona-
lidades humanas.
Choram, eis um poema
sorriem, eis uma pintura
nua, dura, crua, suja de
tinta e de amor (não o
amor real, mais o amor
real de real do real ao real).
(B)
Ferindo o próprio ser
e construído um universo
múltiplo de estrelas dentro
de um universo múltiplo de
estrelas.
Com o direito do sonho e
da arte, com o direito de não
sê-lo para aprende-lo
no mais fundo do
próprio ser,
quase preso ao
próprio esqueleto.
Pousando em
forma de mariposa
mãos azuladas
de tinta, de cosmo.
Colocando nas
pedras o mar
e a serenidade,
rios e sorrisos.
(C)
Quem mais contará
comigo as belezas
e as angústias do
infinito?
quinta-feira, 28 de abril de 2016
é pouco não te amar
É pouco não te amar
e é pouco não sentir os
teus lábios de amora
me ardendo o ser
nesse frio de passagem
clandestina.
Mais o teu nome
é o meu cosmo colorido.
O teu nome me
aquece nessa
escuridão selvagem
onde (eu e tu)
sem mãos olhos boca
componho serenamente
mariposas estrelas
campos e quadros.
E dou tudo aos
teus olhos noturnos
de neve
para que possas
ver e sentir
o que sinto e
vejo!
Oração noturna de um futurista
- o silêncio das estrelas.
E consumo a noite
comendo o frio e a tristeza.
Os lampiões já não
existem
talvez não exista
a própria
existência.
Já não sou mais nada.
Dentro de mim há ferru
gens sinceras (significando
que verdadeiramente
sou uma máquina.
Nesse livre arbítrio- o silêncio das estrelas.
Amém.
quarta-feira, 27 de abril de 2016
Na noite fria...
suave no escuro.
É o vento dentro
da noite que
apavora os
nossos olhos
tristes de gato.
Mais o teu beijo
arderia nessa
noite como
uma estrela
no espaço.
Por isso
não ouvir tua
voz suave
é mastigar
tristezas e
amarguras
em forma de
nuvens...
Vem, por uma
última vez.
Vem voando
dentro da noite,
contando as ilhas
os espaços infinitos.
Vem, enquanto durmo
pendurado nessa janela
com um rosto azulado
esperando tua voz
me tocar
no escuro
esquentando
minha alma
nesse frio
diurno.
Retrato cubista de uma kawai
Ela (que eu
cubista ponho)
recita luas e
sonhos. Atravessa
um luar sem
estrelas e vê
sóis em forma
cubista. De quem
quando entende
fica tão contente.
o sol e outros
sobre a pintura de g.a. lima
Ver g.a. lima
não é ver g.a. lima
nem dá-lo em nome
nem em recitação
ou tabuada decorada
em cor sem cor
vendo (sem nada)
a repetir a mesma coisa;
como quem em poema
só sabe balbuciar
e repetir a palavra amor.
sobre as asas de uma mariposa
(A)
Quer se explore, quer não
o céu azulado é visto
por qualquer ser e por qualquer não.
E ver o céu azul em trabalho
é o mesmo que explorar
rio, ou poética sem dicionário.
Sem dicionários ou rimas,
invertendo as palavras para
reiniciá-las no idioma: dando
casca para a primeira, dando
som para a segunda; dando
quarta dando um quase-nome.
(B)
Ou dar beleza a lepidópteros
que de noite se incendeiam,
como os vaga-lumes (que
palavras dá se der para
todas as borboletas).
Ou descrever a beleza de
uma asa, uma só
estrutura de cor clara e negra.
Ou batizar de outro nome
essas asas que não de cigarras seja.
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