terça-feira, 5 de agosto de 2025

Rato Americano

Rato americano,

com gravata de ouro

e cérebro de queijo podre,

tu vens —

inchado de dólares,

inchado de ti mesmo,

inchado de arrogância laranja —

querendo ensinar o Brasil

a tropeçar como tu tropeças.


Tens torres que não te escutam,

muros que zombam de tua sombra,

bíblias que fogem da tua mão suada.

E ainda assim,

bradas teu nome no espelho

como se fosses profeta,

rei,

ou Deus.


Mas és só isso:

um idiota rico

que não sabe nem segurar

o próprio país pelas rédeas.


Teu povo morre em hospitais sem luz,

crianças choram nos colégios vazios,

as armas cantam mais alto

do que teus discursos mentirosos.


E ainda assim,

com teu cabelo de palha em brasa,

ousas olhar para o sul,

para o Brasil,

com olhos de abutre,

como se fôssemos teu quintal tropical,

teu buffet de bananas,

teu laboratório de caos.


Mas não, Trump.

Aqui também temos sol,

mas não nos cegamos com ele.

Aqui temos povo —

e o povo, quando desperta,

é um trovão de justiça.


Não nos seduz teu ouro podre,

nem tua promessa de grilhões disfarçados.

Porque aqui,

mesmo em dor,

dançamos.

Mesmo em luto,

cantamos.

E mesmo saqueados,

resistimos.


Volta para teu império

de hambúrgueres e hipocrisia,

rato americano.

Aqui não há buraco

onde tua mentira caiba.



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