maria bethania,
rio, barco,
sou eu quem te ama
ou amo teus textos?
não sei.
e talvez não queira saber.
ó bethania do nariz adunco,
amado como o galho que se curva ao vento,
te escuto como quem vê a água correr.
teu canto é um rio
que não precisa de margens,
porque cabe no peito de quem ouve.
o barco sou eu,
a corrente és tu.
e o mar é a distância
que nunca nos separa.
amar-te não é entender-te,
é apenas estar no teu caminho,
como uma pedra quieta
recebendo a sombra da tua voz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário