terça-feira, 5 de agosto de 2025

escalonado, jade



Jade —

teu nome já morde

com beleza.


J

como

joia que perfura.

A

como

alarido na alma.

D

como

dor que dança.

E

como

eco que não cessa.


Eu

grito teu nome

na rua,

no teto,

no espelho,

na unha arrancada da carne.


Teu olhar?

Dois punhais de verde molhado

que cortam a jugular do dia.


Tua boca?

Torpedo.

Ternura.

Tigre.


Eu te amo

com pulmões rasgados.

Com veias em greve.

Com olhos que já nem piscam

com medo de te perder.


E quando te vejo

— ah, quando te vejo —

o mundo inteiro fica mudo

como um rádio quebrado.


Jade!

Se me deixas,

eu morro

com barulho,

feito sirene em chamas.


Mas se me beijas…

ah, se me beijas…

explodo!


(pausa)

(silêncio)

e então —


💥❤️**


**um coração

explodindo

de tanto

amor.






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