Ah, tão bom, tão doce,
como é livre estar perdido
e não ter rumo algum,
apenas ladrar feito um
cão procurando um paraíso
que já não existe...
Farpas de arames arrancam
minha alma, e meu coração
sente a angustia cristalina
dos dias sem solução.
Já disse adeus, e aqui
eis-me aqui de novo,
parado, triste, perplexo,
perdido...
É o mês de agosto,
e logo chegará o setembro gelado
das minhas retinas fadigadas e cansadas
em que faço aniversário.
Quem sou eu? Diz-me, Gabriel, Max, Marx,
diz - me meu camarada,
quem é esse que possue cheio de dor
a minha alma assombrada?
Quantas
questões dignas de pena.
Para viver nesse mundo
cheio de dilemas e lastimas
basta abrir os jornais para gargalhar
e pensar que um demonio é quem
criou essa sociedade desumana.
Amiga poesia, deixa eu dizer
algumas coisas que já passaram.
Outros são melhores poetas,
até mesmo meu amigo Cainan
é melhor poeta do que eu.
Meus dedos só suspiram pelo mar.
Quem sabe ela se lembre de mim,
ou eu mesmo sou isso e quem sabe
assim como a cigarra que sai da terra humida
eu volte novamente a cantar!
Nenhum comentário:
Postar um comentário