sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Soneto – A Destruição e a Vinda

Também poderia haver alegria na destruição, não é mesmo?

Pois o mundo se desfaz em círculos de fogo e vento,

E cada pedra ruída guarda em si um sacramento,

Como se o fim fosse início em véu supremo.


As bestas se erguem do abismo em rugido extremo,

E o céu se curva em ouro, sangue e firmamento;

Quem ouve o galope escuro no firmamento

Sabe que o tempo arde no giro supremo.


A Segunda Vinda exige a queda do império,

O colapso dos templos, a ruína do mistério,

O grito do anjo perdido em chama mortal.


Não deveria o Cristo chegar entre cinzas e guerra,

Quando a última torre tombar sobre a terra,

E o nada abrir-se, revelando o portal?




Nenhum comentário:

Postar um comentário