sábado, 8 de setembro de 2018

Quando nasço



Quando nasço
há um rio que percorre
a minha aldeia cheia 
de árvores de belos ramos
e tristes frutos com olhos
amarelos.

Por isso não peço perdão
quando começo a cantar
o rio, o mar, o vento,
as estrelas, os templos.

Do outro lado da minha casa
mora uma alma e um pássaro
sem nome.

A fonte da vida me ensina
a acreditar na esperança.
E quando abro a porta 
para as maças
já entram alegre as
gaivotas.

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