domingo, 2 de setembro de 2018

De manhã


De manhã faz frio,
estou acostumado,
dormindo aqui, acolá, 
olhando,
cravando os dentes,
perdido,
desesperado,
no chão, na cama,
as aves cantam
e os vestidos
são brancos.
Logo viajo,
quem sabe,
para o meu novo mar,
para beijar-te o rosto.
Não posso esquecer suas mãos, nem o sal, nem a luz, nem a terra, nem o poente, nem o sol que some, que aparece.
É tão bom morrer e seguir vivendo.
E quando amanhece nesse azul esplendido, sei que sou mais celeste, e me terrifico, e de noite, quando já não durmo, adormeces, e te conto os sonhos que a brevidade dos teus olhos sonharão por inteiro.

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