domingo, 2 de setembro de 2018

Separamos

para giuseppe ungaretti
Separamos a noite
com a claridade óbvia do dia.
O sol é um ponteiro
e a lua aponta para o mar.
Que solidão de ser astro,
que solidão de ser areia,
que solidão de ser apenas
uma pedra no meio da
rua.
Desfrutando as frutinhas
no caminho, a Luz solar
vai queimando o boné,
e no meio do calor as
folhas das árvores dançam
com as vassouras.
É tudo um ato clássico e divino
feito para esconder algo claro,
que não pode ser visto
no espelho dos banheiros.

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