Sim, e foi ali que conheci Walt Whitman,
o grande navegador das palavras silvestres
o sábio fauno do rio, o grande e sexual
mestre de todas as coisas de todos os
homens nascidos negros de todas as
moças nascidas negras brilhantes como
estrelas, sim, foi ali, naquele bosque,
naquele bosque dentro de outro bosque,
no bosque mais profundo que o oceano
conseguiu engendrar entre a matéria vazia
e o copo cheio de gotas de seres e de vida,
sim, foi ali que vi suas barbas grandes e brancas,
ai, as mais belas barbas, as barbas de um pequeno
e silvestre rei, cansado e camponês, capaz de
escrever qualquer coisa nas horas dos dias sombrios.
Belo torneiro, fonte dos abismos secretos dos versos livres,
quem, em tua américa do norte, não quis celebrar e te imitar
sua barbas rústicas, pois és como se diz em todas as línguas
a figura do bárbaro rústico, daqueles sábios muçulmanos
devotadores do mistério que se vão para o deserto,
tu e eu, meu bom amigo Walt Whitman, nesse mundo,
ai, eu descobri suas Folhas de Relva nas estantes,
e fui o mais feliz dos homens desde o tempo em que
Cristo com suas manteigas e mel me iluminaram os olhos.
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