sábado, 16 de setembro de 2017

Silêncio



Silêncio, ninguém canta, ninguém ouve  e não se meche,
não há mais mariposas, não há mais ruas,
as lampadas estão queimadas, os outonos
foram desperdiçados, os natais não existem.
Silêncio, a fria pluma das aves estão caídas
no quintal, os pequenos muros foram quebrados,
as amizades se desfizeram, as musas morreram.
Silêncio, o mar canta com sua voz de trovão
sempre o mesmo verso, sempre o mesmo ritmo,
nunca se entende o que o mar e a terra dizem,
ninguém se ouve, não há entendimento no barulho.
Para mim, Jesus Cristo, Spinoza, Pablo Neruda, Maimônides
para mim só restou o silêncio desses nomes e a felicidade de conhecê-los. 
Por mim mesmo consagro o silêncio. Por isso não falo: só escrevo!

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