Sim, eu leio a
literatura da Rússia,
os poetas russos
meus irmãos assolados
pelo frio e pela felicidade.
Sim, eu os leio enquanto
medito sentado na cama,
imaginando o sofrimento
de cada infelicidade amarga,
em cada espiga da natureza,
que cada poeta cantou.
Conheço-os, nem todos,
nem quase, nem quando.
Estão mortos e estão vivos.
Não os celebro, mais os bem-digo,
porque são eternos na morte,
e são a vida enquanto eu existo
para os ler. Apenas isso.
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