(vendo a beleza da noite através de uma luneta)
porque penso nas mariposas.
É fria a noite e as estrelas
estão distantes.
Coberto de sono e sonhos
componho a melodia
que será esquecida
dentro do amanhã.
Penso que as estrelas
são imensas mariposas
congeladas no vazio.
Penso que as estrelas
são os átomos de Deus.
Penso... que a vida... é
uma imensa mariposa.
É sereno o ar da noite.
E eu componho bobagens.
A noite me abraça a face
na forma de um vento
feito de vinagre.
Meus poemas
embaraçados pelo negror
da noite
e pelo frio da carne
saltam como carneiros
enquanto tento dormir
mirando o céu estrelado
(porque durmo
com a janela
aberta
e com o
coração
machucado).
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