Eu também
não tinha rumo
naquele lugar obscuro.
Ruas tortas, delineadas
por árvores escuras.
Do outro lado
um verde impossível
de ser alcançado.
Nenhuma pessoa
que pudesse me
abrigar naquele
morro estranho.
Do outro lado
a ponte, uma infinidade
de pessoas subindo e
descendo.
Muitos e muitos carros
correndo, em sua velocidade.
E eu, pobre caramujo,
coitado, nem sequer podia
sair para a esquerda ou para
a direita, porque o céu não
me orientava os olhos com
as chamas imperecíveis da eternidade.
E daí? E daí nada...
Quando me faltava algo
lá ia eu, suspirar poemas.
Me perdi na paisagem para
ser ardente como o azul do céu.
A brisa correspondia.
Meu Deus, só tu me entendias.
E assim eu ia entendendo aquele
lugar de sol, saudade e poesia.
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