sexta-feira, 3 de junho de 2016

Por-do-sol



Que não seja as tuas mãos que transbordem
nesse dia melancólico, nesse dia tão frio, tão triste.
Porque desde tempos imemoriáveis, quando nasci
puro como uma espiga, fino como um pêssego no jardim
                       amei a tua silhueta de mulher.
Contemplamos assim cada canto como o último canto.
Minha voz de violino tocou a suavidade das tuas orelhas.
Arrepiando os seus pelinhos suave de mulher, olhaste o
último raio de sol brilhando sobre o cafezal.
E disseste que o amor partia como uma sombra.
Mais eu senti tua boca como uma onda como um
sonho sendo derretido em palavras e em ventos.
Tu, amada, somente tu soube o significado de tudo isso.

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