quinta-feira, 9 de junho de 2016

Eu


                                                                            -in memoriam augusto dos anjos

Eu, que não entendo as
ânsias que carrego, questiono pálido
na sombra da árvore, a luz
da tristeza do próprio universo.
Por isso esse absurdo verso
sangrado de tristeza com 
raiz pura de amargura sem
nenhuma luz na natureza.
Nem mesmo sei o que balbucio
nesse sinistro amaldiçoado barco
onde a vida não tem escape
se não partindo para o outro lado.
Melhor do que o sofrimento é a alegria,
mais seria a morte a solução mais viva contra a vida?

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