quarta-feira, 8 de junho de 2016

amargura


Assim é a minha face
azulada de verde como
um mar sereno e calmo
porque sou um judeu que
se esqueceu de partir para is'rael
ai, címbalos, ai, guitarras, violinos
quando passo pelo céu
não vejo minhas barbas
negras crescendo para
me iluminarem em outro
porto amargo
por isso vivo preso
ao cotidiano da existência
como um besouro sem
entender o caminho que
me leva a rosa (ai, a rosa do
teu coração sombrio)
por isso tenho essas
lágrimas nos olhos
cobrindo-me o suspiro
como um oceano irritado
como um terremoto amargo
porque sou um judeu que
se esqueceu de partir para is'rael

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