quinta-feira, 9 de junho de 2016

Solidão


E minhas mãos queimam
segurando a terra fria, o ar
imóvel que me carrega
cinzento como o oceano.
Por isso quando passo no
fragmento da luz e do povo
já não sou mais aquele
sorriso que se refletia
no espelho do amor.
Por isso a noite não chega
ao meu coração sofrido.
Por isso o dia é sempre a
mesma ponta do relâmpago
que me encerra de desespero azul.

Nenhum comentário:

Postar um comentário