Essa é a luz do mar
que me invade nesse dia.
Ai, quanto verde quanta
onda que vai e volta
quando quer,
sem dizer adeus, sem dar-me
um beijo melancólico ou
um abraço de luar adormecido
debaixo do planeta.
Adeus adeus mar, porque não
te quero, porque não te amo
quando me invades sem avisar.
Adeus mar... enterre o teu nome
longe das cidades dos homens, longe
do meu coração azulado de poeta
sonolento e triste de amo e de
espuma.
Mar e mar: para quê
tanto mar? Indo, voltando,
saindo, entrando.
Com sal não açúcar,
com algas, peixes, sem violino
nas asas toscas das gaivotas.
Vou apagar tua luz
e descansar tranquilo mar
sem nomear tua cabeleira
sem revidar teu golpe violento.
foto: ilustrativa
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