...com olhos de coruja...
A cidade onde estou
tem luzes mortas e faróis.
Não há prédios, não há
pessoas vivas.
A cidade inteira é
apenas um cemitério imenso.
Um imenso antro
de comerciantes ladrões.
Que dizer desses malditos
que exploram os pobres?
A cidade, essa cidade,
onde vivo, respiro,
onde estou, eu sou,
aqui mesmo, nesse canto
onde vejo o campo.
A cidade é apenas
um farol de sofrimento,
um retrato do nosso sofrimento,
mas o nosso sofrimento é apenas
o meu sofrimento.
Ando pela cidade
e quantas alegrias.
Mas a cidade está
morta e morta está
a vida.
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