A lua apareceu morta,
com olhos de ferro azulados.
Pálido, o coração chorava
rosas e fenos enferrujados.
A meia-luz do luar no muro
tinha uma ferida de outono.
No meio do bosque árvores
bailavam canções sem flauta.
Por quê não dormes, lua de prata?
O dia logo voltará com praias desertas.
Por quê não dormes, lua de prata?
As pedras do bosque estão em silêncio.
Do outro lado do muro
a morte rondava com olhos escuros.
O luar apareceu com tranquilidade,
e o vento queria rios e donzelas.
As velas acesas pareciam palha,
e as flores rubras gritavam.
O luar cinzento era o reflexo partido
de um espelho dentro do riacho.
As nuvens transbordavam luas,
e imensos vapores amavam flores.
A lua tombada sangrava rios,
e tochas eram livros esquecidos.
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