terça-feira, 6 de março de 2018

A cidade clandestina



...com olhos de coruja...

A cidade onde estou
tem luzes mortas e faróis.
Não há prédios, não há
pessoas vivas. 

A cidade inteira é
apenas um cemitério imenso.
Um imenso antro
de comerciantes ladrões.
Que dizer desses malditos
que exploram os pobres?

A cidade, essa cidade,
onde vivo, respiro,
onde estou, eu sou,
aqui mesmo, nesse canto
onde vejo o campo.

A cidade é apenas
um farol de sofrimento,
um retrato do nosso sofrimento,
mas o nosso sofrimento é apenas
o meu sofrimento.

Ando pela cidade
e quantas alegrias.
Mas a cidade está
morta e morta está
a vida.


Nenhum comentário:

Postar um comentário