Ruge a manhã, e tem sete
gritos contidos de romã.
Ruge a manhã, enquanto
o vento combate com
flores mortas e o jardim
tinge o outono de folhas
amarelas e frias de espelhos.
Ruge a manhã, e outrora
foram oito mariposas
pousadas nos olhos.
E descansaram como estrelas,
enquanto o sol, amarelo ovo,
cozinhava o verde com o azul.
Ruge a manhã, e tudo é calmo,
claro e sereno como as
vozes das meigas sereias negras
que de longe, do mar,
me acenam.
2018
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