quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Um poema natalino de amor



Na tua voz suave de marfim
poderíamos achar estrelas inomináveis,
nuvens de tempestades silenciosas,
águas salgadas do mar de tua boca,
luzes sinistras, canções esquecidas.

Por isso o suspiro antes da ceia
foi necessário, para que a sua beleza
pudesse arder o meu coração,
para que os nossos beijos queimassem
como a estrela pendurada na árvore.

São piscas-piscas, ou esse brilho
intenso vem dos seus seios de lua?
São presentes, ou esses embrulhos
camuflam o teu corpo de donzela para
os meus olhos se alegrarem ao vê-la?

Não posso nomeá-la nessa data, amada,
porque nomes não me ficam na memória.
Mais deixo contigo o meu corpo para dormir
com os teus beijos dentro de um soneto.

Amada minha, não tem neve caindo,
mais a chuva quis nos molhar para magoar-nos.
E por fim, descansamos com nosso amor
puro, misterioso, nas águas desse dia misterioso.

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