segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Crítica marinha


-para Olga Savary
... A minha poesia é marinha,
marinha como a minha alma.
Quero fazer brilhar nos meus
versos, o bafo marinho
dos ventos
e das ondas...
...Sinta nas minhas palavras
o cheiro incessante e delicado
das vagas lúcidas, sinta o mel
antártico do mar se arrebentando
em mim, ardendo
dentro da palavra, invadindo a palavra
feito um navio
mercante...
...Um navio sem rumo
nos mares
azulados
afastados das civilizações...
...Assim é a minha
poesia desavergonhada
de rimas: marinha, cheia de cores
agitada de água sagada;
(perdidamente
irresponsável
diante de tanta
água...).

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