estou nu como uma folha caindo ao chão.
Esse vento que me cerca de luz e de ar
é o mesmo que me cerca de densa escuridão.
Me perdi em outros devaneios, minha imagem
esteve presa em reflexos diversos, em outros espelhos.
Agora restou alguém que eu nunca mais serei:
eu era aqueles todos, eu era aqueles todos que não mais serei.
Gostaria ao menos de um dia da eternidade
poder me encontrar novamente comigo mesmo,
e sensatamente dizer: viveste tudo o que quiseste viver?
Responderia juvenil e com o coração aos pulos:
vivi tudo o que me cabia viver. Antes vivesse mais.
Agora, deixa-me ser menos do que um sussurro...
(foto: ilustrativa)
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