segunda-feira, 4 de novembro de 2024

a cidade desolada & outros poemas

 


A CIDADE DESOLADA
A
Menos, menos que mais,
Apenas o exato, a lua, o mar,
O martelo da aurora no sorriso
Dela, 
Verdejantes campos acima,
A areia do mar do outro 
Lado, claro que sim, idaí?

B
A cidade cheia de predios,
A cidade, as pessoas e as casas,
Do outro lado os poços,
Carros passando de um lado
Para o outro, e o futuro adormecido
Em uma jarra de ouro.

A
Ratos e ratazanas saindo dos
Bueiros abertos no centro dessa
Imensa cidade cheia de ricos e
Pobres trabalhando, trabalhando.
Alto, orden nas alturas,
As nuvens embaçam as estrelas,
Onde estão as estrelas, camaradas?

B
A fumaça das queimadas sobem
E Walt Whitman, ou eu, nós
Dois então, juntos,
Escrevemos dentro de nosso
Confortavel apartamento contra
Esses burgueses idiotas,
Juizes de direito hipocritas,
Falsas ricas dondocas, peruas
Lustrosas com diamantes,
Comendo igual gansos alucinadas.

A
A cidade se move. As putas na
Pequena rua assumem as bucetas
Iguais lampadas eletricas.
Na zona das transsexuais, os
Lindos e as belas travecos
Se desnudam debaixo do
Pé de manga sem fruto e
Oferecen seus culos imensos
Aos mariconas enrustidos 
Dentro de seus carros de luxo.

B
Igrejas na cidade. Onde estãos
Os padres? Dentro do cinema,
Claro, assistindo Hellboy.
As igrejas evangelicas se
Movem sem sinos e sem imagens.
Onde estão os pastores?
Contando dinheiro, talvez, 
Ou meditando a luz da noite
Sobre o insondavel e misterioso
Deus que se oculta e se revela para
Poucos.

A
Passam os sons e ouvimos
Igual o hipopotamo se banhando.
E ai, viado!
Que delicia, ein!
Que horas são, moço?
Tem uma moedinha?
Vai querer o programa ou não?


B
A cidade se abre para nós
Semelhante a um vespeiro.
A lua amarela brilha no céu
Igual o rosto da velha morta
Que insiste em ir ao shoping iguatemi
Tomar seu café e 
Comer seu nojento pão de queijo.
A cidade se abre para nós
Como un vespeiro.
Somos os motoqueiros da solidão.
A solidão são esses predios.
Já não me acham na cidade.
Eu fui, para onde? Para a liberdade.




EROTICO
A linda travesti loira 
Com seios fartos, siliconados,
Pensa que sou estrangeiro,
Talvez americano ou ingles
E me sauda: Hi!
Eu nada digo e atravesso
A calçada como se eu mesmo
Fosse apenas um poste de luz.
Ou, quem sabe, uma estátua,
Dessas sem vida, que os catolicos
Carregam pela rua como deuses.
Deuses, assim como fernando pessoa
Estou farto deles... Passo pela rua.
Uma travesti magra igual uma vaca
Dos sonhos de faraó, se inclina
Pelo vidro do carro e diz: E ai,
Me leva lá pra pegar um pó, boy.
Acho graça, esse boy é
Menino em inglês ou ela usa o
Como um diminutivo de boiola?
A rua é escura, porque é noite.
Estranho, penso,Senhor,
Não há estrelas no céu.
Apenas predios reluzem co.
Suas janelas acesas cheias de
Burgueses que também querem
Trepar gostoso com as travestis.
Ah, esse mundo é horroroso, penso,
E no entanto aqui estou eu,
Derretido em pensamentos igual
Um quadro flacido de salvador dali.
Nessas horas da noite, antes do
Onibus me levar sacolejando
Incessantemente para casa,
Noturno de frio, penso
Quase igual Carlos Drummond
De Andrade: etâ vida besta, 
Meu Deus!



EROTICO 2
É dia, e faz calor,
Suando estou no ponto de onibus,
O onibus atrasa
Igual a justiça no Brasil.
O sol já findou, é noitr,
Agora faz frio,
O frio de Campinas,
O frio, frio,
O frio da alma imóvel,
Mas há o calor da amizade,
O calor de observar,
O calor de desenhar as rimas
Plasticas que brotam
E nascem do coração.
Veja: o doce beijo no
Lábio sensual e belo.
Ela, que un dia já foi minha.
Hoje é noite, antes era dia,
O dia é a noite são a mesma
Coisa, o mesmo tédio.
Rir, assim como qualquer
Puta gozando em cima de
Um grosso e imenso caralho.
Eu não sou daqui,
Não tenho nada, apenas
Escuto as pessoas rindo.
Então esse é o sentido
Da vida, Senhor?
As estrelas estão lá em cima.
Uma linda travesti me
Acena enquanto apago
Meu fogo na memoria,
E dentro da imaginação
O verso pula de meu peito
Igual um sapo.


CAFEZAL DO AMOR
Fazia calor e o vento 
de nossas bocas nada
diziam no escuro, no silencio,
então sua boca sensual e negra
disse como um poema
olha, tá duro!
e com doçura desenrrolaste
o pano e pediste que eu
chupasse até o leite branco
escorrer da cabeça
negra ou vermelha, e tu,
pediste, natanael, amigo,
segredo, mas o amor não tem
segredos, nem pontes,
o amor do meu coração
que sente a estrela da saudade
do teu corpo corpo de homem
corpo moreno corpo que
nunca vi nem olhei apenas
desejei porque eras o amor
e ali naquele cafezal senti
tua cabeçona pulsante,
oras, onde o fogo tinhas,
e as estrelas ardiam
na dança de doces assobios
e o vento do tempo
já passou.



MEU POEMA
Arde a lembrança em mim
e a chuva doce passa
molhando as recordaçoes
e os papiros da memoria.

A noite deixou apagado
o rosto da leoa e a beleza
da lince asiatica desapareceu
nas chamas da minha alma.

Meu poema ficou esquecido,
cheio de terra, e a tinta
da canção trouxe ao ar
um passaro esquecido na gaiola.

Meu poema, que era eu
em muitas primaveras entenebrecidas, trouxe o
forte vento do poente e as
queixas de uma magoa
que não passa e já passou.


A DANÇARINA
Dança pra mim exotica materia
dança pra mim colheita do suco doce onde beijamos o vento e o mel
onde o amor era um morcego
um vampiro que feria sem pena
mas não furia apenas vento
o mar longe e o frio que não
é chuva nem esquecimento.


QUASE JORNALISTA
  Tentei honestamente ser jornalista. Claro que falhei, não por causa de falta de vocação, pelo contrário, escrevo com soltura poetica.
Sei parar pessoas no meio da rua para pedir informaçoes, entrevisto desconhecidos com desenvoltura de arabe espião. 
Acontece que não levo jeito para assuntos que não me importam. Prefiro falar sobre Pintura, Literatura, Desenho, Artes Plasticas, Esculturas e Religião a.falar de politicos debeis e ignorantes ou qualquer assunto monetario ridiculo. 
Publique uma materia sobre um bueiro que foi colocado errado prla prefeitura da minha cidade natal, Adamantina.
 E até hoje esse foi o meu premio de jornalista que me deixa vermelho de alegria sempre que o leio ou o recordo.



2024
Sou contra qualquer violencia, qualquer raiva, nunca aprovei o estresse, odeio a guerra e faço guerra contra ela. Meu compromisso é com Deus, com o proximo, animais e homens. Não suporto a desunião. Tenho medo de trovão, e só xingo alguém quando tenho razão.



A LINDA NEGRA DEUSA AFRIKANA
Ah, chupei, chupei a linda bucetinha da putinha negra que se ofereceu pra mim docilmente como uma gata ou égua no cio, claro que por intençoes monetarias, mesmo assim me elogiou, quis meu numero de telefone, que não passei mais por timidez do que calvinismo judaico. Ela era linda, dificil descrever sua beleza sensual, africana. Os seios eram grandes, duros, macios. Fiquei tão ruborizado aos ver aquelas mamas enormes que gaguejei confesso: Po...posso chupar? Imagine só, pedir para a garota de prograna que se está pagando para chupar. A resposta da linda negra com um sorriso até hoje me deixa de pau duro: — Se você quiser, pode!


  O REBELDE
Aceito tudo, senhoras em senhores, em materia de ortografia... Mas, ah, não venham escrever "boceta" perto de mim. Pra mim Buceta é buceta com u!. E esteja dito.!


SAUDADES BAHIA
Ah, a Bahia é apaixonante. Ao passar de São Paulo até a terra mágica e sagrada da Bahia até a alma se transforma em outra, se ilumina. A beleza do povo, preto, branco, mestiço, colorido enfeitiça não só pela sensualidade e, sim, pela educação, gentileza, gracejos que só o povo baiano sabe fazer, uma simplicidade de existir que contagia qualquer um.
A beleza do povo se une a bela paisagem baiana. O sertão da Bahia é  sinal de cultura e sabedoria popular. Os montes da Bahia são os mesmos da terra santa de Israel. Só se pode ser brasileiro visitando a terra da Bahia, a terra primeira, onde a primeira capital do imperio do Brasil se formou e deixou unida as raças nativas Indigenas da America, as Negras da Africa e a branca dos Europeus catolicos.


SOM
Escuta, é som da vida
das nuvens do sol,
e que barulho... eterno.
As estrelas, o vento,
os carros da segunda feira
os ttabalhadores, nós todos,
a vida enfim dentro
de uma canção de ninar.



GUITARRA
A praça está em silêncui, mel,
o corpo perto da árvore
a guitarra claro cubista 
arredondada em formas
geometricas perfeitas para
os olhos do pintor, mel,
mãos robustas que
tocam as cordas e o som
da chuva calma e suave
molhando nossos pensamentos
de amor em chama e fogo.
Era a guitarra que se estava
sendo ali examinada pelas
mãos do critico mágico.


GUITARRA
Caldo de cana que
chupei na rua em dia chuvoso,
lustroso violão tocado
entre as árvores e as gotas
minusculas da água
brotando para baixo
de cima do céu.
Mel, oximoro indelevel
das verdades do amor.
A guitarra da noite
formando estrelas
e mariposinhas sobre
as flores dos nossos
beijos (um boquete é
um beijo ou uma felação
prazerosa de arco iris?).
Ah, tu, mel, tocaste os
acordes da guitarra,
do violino, da chuva,
das árvores, oh chuca divina,
óh, formosa árvore morena.


NOITE
A arvore e o muro
o guarda chuva e a chuva
as pessoas e a fonte
do leite aberta na
doce e escura e suave
materia do corpo do
tronco das raizes do mel,
ela sorrindo dentes reluzindo
ela tocando dentes cantando
flor da noite escura
protegida pelo misterio
do manto das estrelas
no esquecimento e na
lembrança fisica viva
do amor netuniano.


DE DIA VASO DE FLORES
Arcanjos me viram andando
pela rua deserta onde a anja
loira de cabelos loiros
me acolheu em sua casa
vermelha e terrosa de amor sinistro.

Qual seu nome, perguntei,
e ela nada me disse,
apenas me chamou de gay,
eu que disse que não era gay
mas, sim, feliz, feliz.

Ela tinha olhos de serpente,
mas era angelica e perfumada.
Olhos verdes, olhos verdes,
ela era um jarro de flores
perfumadas.

Ela me acolheu docilmente,
e me deu de beber do seu
leite macio branco e grosso
porque eu tinha muita sede.

Perguntei o nome dela,
cidade e pedregulho ou céu,
ela nada disse o que era
se pix, moeda ou bordel.

Qual era, qual era, qual era
o nome dela?
Talvez Suzy, ou Samanta,
talvez Laryssa ou Gabryela.
Se perdeu na memoria
na memoria veloz do arcanjo.


EXOTICO
Dá me de beber ó busto
africano dentro do canavial,
dá me de beber dessa
nata grossa e branca
que salta de tua cabeça
vermelha e ou preta
de tua glande formosa.
A noite faz o vento
levar barcos para outros
continentes.
Mas o continenten do teu
corpo negro africano
é a unica coisa que quero
ver estendido sobre mim,
me esquentando igual manta
ou coberta nesse dia frio.
Não, não, ele não está aqui,
o sol já se pós, e a noite
dormiu, e eu me lembro dele
pedindo oculto segredo,
mesmo sendo, natan, amor meu,
tu um anjo de Deus.


O CAMISEIRO
O jogo do baralho, o xadrex,
o tabuleiro do mundo, celeste,
trepando em cima da fêmea
onça que geme sua prece.

A camisinha na terra aberta,
a espada na bainha e seu jorro
branco, especial grito do galo,
alfa e macho na noite escura.

Ó bela e amada criatura:
tens seios imensos e doces
igual o mel da flecha divina.

Em teus beijos tiro a bainha
para lambuzar tuas nádegas
com a branca e grossa papinha.


A MERETRIZ
Chamas sagradas me acompanham
Enquanto tu tiras as roupas.
E então acordo de um belo sonho.
Estou diante de uma Rainha Africana.

Tu me alisas os cabelos com 
A meiga doçura de tuas mãos.
Tuas unhas pretas são cachos d uva,
E teus seios negros são faróis.

Ah, toquei tua nadega com brandura,
E pus a lingua em tua bichana.
No teu sorriso vi o paraíso.

Então tu me disseste adeus,
Partindo para teu labirinto de vida.
E eu parti, amando-te AINDA.


O BOSQUE
Do outro lado do mundo
Sonhei com elfos e faunos bravios.
E rei arthuriano me via na
Figura do espelho elevado.
Ali na jaula do jaguar cego
Vi o mundo transfigurado:
Fogo Divino me queimava
E Água Santa eu bebia.
Era noite e era dia em seus
Beijos molhados e puros.
Nos teus peitos de baralho
O Sertão vivo uivava.
E nesse Bosque Amoroso
Nos amamos enjaulados
Iguais animais abandonados
Esquecidos por uma colera Divina.



A VOZ DELA
Tens para mim ecos de outro mundo,
mundo frio, ventoso e palido.
Voz aguda de misterios,
vindas de tumbas, de cemiterios.
Ouço e escuto o ruido dessa
sombra amarga e grande que
te acompanha os passos gentilmente.
Já não te preocupas,
nem nada abala sua sede ciente
do saber e do não saber do oriente.
Passa a noite em amargura,
e a alegria só chega com o
cantor gelado do vento com a chuva.
Então é esse o som que faz
a lareira crepitar no lar cristão,
quando a neve do norte gera
o sono e a estranheza da alma.
Coroando tudo basta apenas
ouvir tua palavra pra gozar
o dom de nascido estar
em um mundo decaído e falho.
Quebrando ossos e galhos,
as raizes das arvores se 
levantam entre as fantasmais
lembranças e o arco iris morto
da esperança que carregas.
A porta onde a chave enferrujada
destrancou com som abafado e
quente ecos de um navio do
ocidente e as flores que 
depositei aos seus pés depois
de tomar contigo o café com leite.
Nada é mais triste do que nascer
nessa dor cruel do existir e morrer.
Mas ouvir tua voz foi para mim
um ressuscitar de luzes,
uma catedral imensa onde
gozei das virginais das crenças
o amor puro e o puro prazer.


BALADA PEQUENA PARA VIVIAN
Em outras eras, quando
a grama verde também era
ela estava com belos
cachinhos loiros caindo
sobre sua face branca.
Seu beino era uma cereja,
seu perfume um licor.
E quando me vias, sorrias,
se abria igual jovem flor.
Perfume de nectar tinha,
pessego, uva, caju, ameixa.
E peitos oontudos de cadela.
Mas, o destino escreve torto
por linhas retas, e me pergunto
entre a sombra da noite
e o calor terrivel do dia:
onde adormece agora teu
lindo corpo, minha bela menina?



DOR
O cosmo ri e chora uma 
sinfonia insuportavel de agonia.
Ah entender essa dor e esse
escarro que a tosse gera
 
como que falando ao corpo:
escarra tua agonia dessa tua
vida humana que um dia
a fria terra e o verme habitarão.

Nesse espetaculo circunstancial
de sofrimentos bem ordenados
poderiamos até dizer que a vida

foi criada por um execelentissimo
palhaço que se agrada da dor
diante dessa existencial sinfonia.


MANTRA
Busquei dormir nos braços
frios das lembranças antigas,
e angustiei meu peito,
dolorido, dolorido, dolorido.

A voz selvagem da loba
ou a canção suave do pardalzinho.
Acordei de um pesadelo lento,
dolorido, dolorido, dolorido.

Uma fada me levava pela mão
ao fundo de um lago gelado.
E eu acordei assustado no quarto,
dolorido, dolorido, dolorido.

E lá seus braços me acalmaram,
e eu pude dormir sem sátiros.
Voltei a ser quase recém nascido,
dolorido, dolorido, dolorido.


QUANDO O ESQUECIMENTO CHEGA
Coloquei o pano em cima
do espelho onde meu rosto
estampava uma lágrima.
Ela havia me visto com as

roupas brancas e o chapéu.
Já não lembraba meu nome.
E o fogo do coração molhado
de lágrimas tentou adormecer.

O fim cansado estava.
Na mesa uma estrela ardia.
Sem nome coloquei um ultimo
pedido: que meu amor eterno

fosse para sempre esquecido!



PERMANEÇO QUIETO
Levantou-se o sol
e que estranha esperança
dentro do peito.
Uma preta perfeita
passa com um top
verde na frente de
onde estou sentado
e coça sua teta imensa
do lado direito.
Poderia falar do amor,
ou filosofar questões
existenciais também.
Mas hoje o dia está
igual o ferro da minha
cidade. O dia hoje
talvez reve uma saudade
de pátrias extintas,
babilonias perdidas,
piramides quebradas,
desertos e construçoes
belas em ruína.
Assim é a vida.
Assim seja a vida.


ESTILO ASSIMÉTRICO
Assimetrica pintura
que faço de tinta em tinta.
No céu belas estrelas
no céu nuvens brancas.
Um vento suave passa
pela minha face gentil
trazendo quem sabe
recordações do mar afastado,
antigo eu carrego esse peito
cheio de mágoas e dores
cheio de desejos e melodias
minha patria é uma grande porcaria
onde posso esquentar os
pés ou beijar prostitutas com
suas bucetas raspadinhas
e pretas, bucetinhas enormes
para a minha lingua semitica
chupar até o orgasmo feminino
encher toda a minha boca e
me levar pelas ondas do prazer. 
Talvez hoje eu durma sem entender.
Cada um deve seguir o curso
do seu rio elevado, e pelo deserto
caminhar com os pés descalços.




PEQUENO ATO SOBRE A MORTE
VICENTE
Quem vem lá?
Quem vem lá?
Descendo o morro,
nas terras perto
da Paraíba?

MARIA ROSA
O que? O que você
está vendo?

VICENTE
É uma figura estranha.
Segura um lamipião,
usa uma capa escura.
Na mão direita tem uma
foice bem afiada.
Parece que vem dando
gargalhadas.

MORTE
Sou eu sim, a Morte.
Aquela que a ninguém
dá sorte. O que respira
para mim não vive.
Porque tudo o que vive
para mim morre.

VICENTE
Que queres aqui,
donzela maldita?
Que queres aqui,
Caetana danada?

MORTE
Vim para te buscar,
valente Vicente.
Vim te pegar com
minha foice.
Não sentes o bafo
quente da morte
já no teu cangote?

A morte acerta Vicente na cabeça, e ele cai. Maria Rosa pega ele nos braços.

MARIA ROSA
Que é a vida?
Um resumo da morte?
Que tristeza de sina,
que solidão no coração.
Agora sou viuva,
vou embora pro meu Sertão.
Meu amor de mim levado
deixou apenas o seu retrato
no fundo da minha paixão.
A morte não mede riqueza,
nem pergunta sobre pobreza.
Cumpre o estranho fato
consumado nessa terra.
O estranho fardo do destino
da nossa caminhada na vida,
que iguala tudo em um só
rebanho de condenados,
porque tudo o que vive morre.
Mas o Cristo nos faz ressuscitados.

pano




A DANÇARINA
ela dança para mim na minha frente com o seu belo corpo picassiano seios fartos bunda grande e morena e seu cu o cuzinho aberto igual um imenso planeta enquanto suas nádegas oh bela bunda gostosa me aplaudia os versos que eu lhe diziam.
 sim, corpo picassiano ela tinha mas o rosto era de uma pintura de modigliani oh forma cubista oh abstrata dançarina que diz que a minhocona precisa por peruca ou seja por a cabeçona vermelha dentro do buraquinho e meter minha cobra adora entrar dentro de boquinhas assim boquinhas vermelhas pintadas feitas para o prazer sensual do gozo anal. e ela rebola e canta: eu vou eu vou sentar agora eu vou.



A INDIA
nas matas da cidade claro nas matas onde ela estava seus olhos de india já me chupavam desejosos de porem a boca no meu enorme pau de cavalo.
e a bucetinha dela gemia e suspirava por mim enquanto o meu dedinho entrava em seu cuzinho apertadinho.
estrelas cadentes jóias perus cabelos ossos coisas toscas etc... e ela fazendo a dança da chuva com a bucetinha raspadinha e apertada. 
delicia
delicia.


CRONICA
o sol não saiu hoje tempo nublado de chuva que me faz lembrar esse vento no rosto da voz masculina dentro de um luxuoso carro dizendo bem alto na minha direção que delicia, ein!? e a vida misteriosa no seu tedio infinito e a dor da garganta e a minha tosse aguda que me faz impertinente pensar em augusto dos anjos e em seus poemas verdadeiramente belos e penso nos meus desenhos que chamo de rabiscos e digo que não entendo um quadro de da vinci mas consigo compreender a pintura de pollock miró picasso kandinsky klee rothko malevich com a minha alma vem logo voces duas ouvi e assim quase perdi o onibus. fim do fim.

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