domingo, 28 de abril de 2019
Vou mostrar o medo
Não há nada acima dos olhos
A não ser o céu azulado, inconfundivel
Como a prata que cega os olhos
Gananciosos de luz e sombra.
Podemos respirar ar puro longe
Perto dos sonhos e do murmúrio
Do mar longínquo. Essa palha mal
Dita não serve para nada, a não ser
Para segurar uma planta ridícula
E deixar nossos ombros pesados
Como uma montanha segurada por
Um gigante.
Por isso mesmo eu irei dizer mais
Uma vez como em um filme lento
O mundo acaba
Não com um estrondo, mas com esperança.
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