Destruí
alguns poemas,
faz muito tempo,
não me lembro
quando,
nem onda,
nem porquê...
alguns poemas,
faz muito tempo,
não me lembro
quando,
nem onda,
nem porquê...
Eram poemas
como cogumelos,
verdes iguais
as folhas mortas
na rua onde
passo para
trabalhar
com o meu
corpo de elefante
mórbido.
como cogumelos,
verdes iguais
as folhas mortas
na rua onde
passo para
trabalhar
com o meu
corpo de elefante
mórbido.
Quantos poemas!
E já não existem.
Se foram. Só eu os
li. Os descrevi e os
escrevi para a vida
e para a morte,
depois os destruí
com um só golpe
de espada, uma só
gota de dor e arrependimento.
E já não existem.
Se foram. Só eu os
li. Os descrevi e os
escrevi para a vida
e para a morte,
depois os destruí
com um só golpe
de espada, uma só
gota de dor e arrependimento.
E os poemas foram esquecidos.
Nem a chuva conseguiu
molhá-los.
Nem a chuva conseguiu
molhá-los.
Nenhum comentário:
Postar um comentário