por ti...
Naquele dia, eu era um
corvo e tu eras uma pequena
nuvem que passava pelo
meu corpo.
Eras mel e eu era o sal...
Qual o teu nome, sombra?
Qual o teu nome, harpia?
Qual o teu nome, silêncio?
Morri apagado de suspiros
por ti...
Meu nome inscrevi
naquela tumba em frente
ao mar, em que juraste
amor eterno.
Eu era o papel, e eras o céu.
Eu era o outono, e eras a gaivota.
Qual o teu nome, sombra?
Qual o teu nome, harpia?
Qual o teu nome, silêncio?
Melancólico como um caracol,
enferrujado como um coqueiro,
morto como um legume, apaixonado
como um cachorro sem pelos,
irritado como um touro na arena,
crucificado como um árabe sem
turbante, bravo como um judeu
sem moeda, falso como um católico
sem museu, dolorido como um protestante
sem motivos para protestar.
E eu protestei o meu amor
por ti naquele relâmpago.
Eu protestei, eu dei tudo de mim. Eu me esvaziei.
E fiquei
melancólico como um caracol,
enferrujado como um coqueiro,
morto como um legume, apaixonado
como um cachorro sem pelos,
irritado como um touro na arena,
crucificado como um árabe sem
turbante, bravo como um judeu
sem moeda, falso como um católico
sem museu, dolorido como um protestante
sem motivos para protestar.
E ali ficou estampado
o meu amor, e o mar me levou para
longe e você me levou para longe e
eu me levei para longe e nós estávamos
juntos
para todo o sempre.
Assim foi.
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