iluminados pela brisa do vento e do mar
quero deixar uma lágrima na areia
e quero flutuar para longe das nuvens.
Quero partir imediatamente,
quero ir pelas imensidões verdes
dos sonhos, galopar inconsequentemente
no azul, devorar as bolhas e as tulipas,
saltitar como um canguru pela
calçada esburacada,
gritar o nome das flores desconhecidas.
Se a luz das estrelas refletirem
o amor, a dor, os sentimentos,
quero compor uma sonata ao
lado do vento.
Quero que tu me ouças em
silencio apenas para não
atrapalhar a melodia,
quero abrir minhas
mãos e tocar em
alguns instantes o infinito,
tocar o mel do corpo do espaço
e saltitar como uma ovelha.
Não vou levar mapas nem
bussolas, nem me guiarão
os livros geográficos.
Tudo estará perdido,
tudo estará inscrito
numa pedra, em
minhas mãos sem
plumas, em minhas
mãos feitas de
tinta e de metal.
Que outros sigam no
mesmo caminho, se quiserem.
Não obrigarei ninguém
a ouvir a melodia das
flautas.
Quero ser e cantar
apenas por alguns instantes.
Quero ir até o mar e chorar
lágrimas puras e fortes
para marcar o oceano
com o sal terrestre
que carrego
e que tu
também
carregas.
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