segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Mar de lágrimas

 Ó mar salgado, quanto do teu sal. São lágrimas de Portugal! 
Fernando Pessoa


-Ó, mar, ó mundo, ó céu, ó destino azulado,
onde posso me camuflar
sem carne e sem sangue?

-Onde posso depositar
meus ossos longe de
tal e tal centelha?

-Ó mar azul, ó mundo azulado, ó braços azuis,
ó mariposas azuladas, ó caminhos azuis,
ó sóis incandescentes de anil

onde posso me camuflar
sem mares a me atropelarem
o corpo de carne e de sangue? 


Nenhum comentário:

Postar um comentário