terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

dois poemas

Qual o teu nome

Qual o teu nome,
sombra iluminada?
Qual o teu nome,
mariposa
escura que não voa?
Qual o teu nome
perfume
suave da noite?
Qual o teu nome
luar
sangrento sem estrelas?
Qual o teu nome
sol 
amarelado de
marfim?
Esqueço sempre
o teu, o meu, o nosso nome.
Acho que o nosso nome
era apenas nome de
eternidade

(que infelizmente
se 
perdeu).


Junto a ti 

Junto a ti
vai o meu nome.
Nome de mar,
nome marinho
que escoa
até a praia
como uma
onda silenciosa
e solitária.

O meu nome,
não esqueça
o meu nome,
nome de terra,
de marfim,
disseram-me
até que era
o nome de
um anjo...

Deixem que
outros confundam
o meu nome.
Não, tu não,
você não pode
esquecer meu nome.

Você deve recitá-lo
sempre ao luar amarelado.
Não pode esquecer as sílabas
que compõem o meu nome
de metal, de aço enferrujado.

Junto a ti
vai o meu nome
(o meu silencioso
nome, nome de
luz, nome de
sombra).


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