quinta-feira, 31 de julho de 2025

o elogio à pornografia gay

Cena 12: Luz, suor, desejo masculino


Corpo sobre corpo

sem culpa, sem Eva, sem cruz.

Sem Bíblia no meio da cama.

Só pele.

Só pêlo.

Só gozo que não pede desculpa.


Ah, pornografia gay —

você não mente, não engana com flores,

não vende casamento em caixa branca.

Você mostra. Você escancara.

Você dança com o falo ereto como tocha olímpica.


Homem sobre homem:

gêmeos que se recusam a ser Adão e Caim.

Queimam Sodoma por gosto.

Colocam a câmera no centro do pecado

e gritam:

“Aqui estamos! Filmados e felizes!”


É arte?

Não precisa ser.

É revolução?

Às vezes, sim.

É prazer sem vergonha.

E isso já basta.


Porque aqui,

entre o close e a carne,

não há juízes, nem Deus dizendo “pare”.

Só o corpo,

e o outro corpo,

e o som que eles fazem juntos:

liberdade.


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