E transpassei as espadas
e quis soletras as nuvens
em outras línguas de barros
e fogos inventadas por Deus,
pelo Deus vivo, o Todo-Poderoso.
E então atravessei o calabouço
sonoro das coisas mais extraordinárias,
e entendi que se chamavas QUEVEDO.
Quevedo, como a primavera,
don Francisco de Quevedo,
e o pequeno sul-americano
engatinhou por suas canções,
saudando o sol e a lua por
entre palavras tão bem feitas,
construídas talvez por lentidão,
sendo soletrada no engenho místico
da existência.
Pássaro extraordinário,
óculos em pé, figura lenta,
andou escrevendo o pó do amor.
E no pó do amor
existiu verdadeiramente
dentro da própria vida!
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