Não há outro espaço para que os pássaros cantem
nessa janela aberta para
o oceano do meu quarto.
Estrelas vazias e tristes resplandecem pelo céu,
imóvel, escuro, pálido.
Não há outro espaço a não ser o vazio imenso
do oceano, conjunto de águas sorrateiras,
não há outro espaço.
Só existe o céu, embraçado de nuvens,
orvalhos gotejando como pingos de névoas,
e uma infelicidade que é um navio se afastando
para enferrujar o fundo do mar.
Não há outro espaço para que eu te ame.
Não há outro lugar.
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