terça-feira, 16 de junho de 2015

O PRIMEIRO OCEANO

 ...
E lá estava:
a linha cinzenta
cheia de ondas
magníficas de
sal e de nuvens
                 [dissipantes
                   de ar e de luz...

Encarei
o rosto marinho,
mirei a face coberta
de espuma, a pele líquida 
do mar,
e contemplei
a singela
 melancolia
da maré,
livre de lágrimas
e de suor e de sangue...

O ruído vago do momento
parecia
metálico
como o som
da rocha, da manhã
e da chuva fina em forma de goteira...

E tudo fez sentido para os olhos e ouvidos
Diante da matemática musical do oceano Atlântico...
(foto: guilherme ataide)



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