Nas flores sombrias
Onde a rama cresce
E o musgo é profundo
Lá vive Tom Folha-Verde
O amigo de todos os
Seres, pássaros e lontras
Lhe falam na sua língua
Misteriosa e mística.
Lá vem o velho
Tom Folha--Verde
Fumando seu cachimbo
Usando suas botas reluzentes.
Sua barba é branca
Outrora castanha
Brilhava como ouro
Tom Folha--Verde não é bobo.
Tom fuma um cachimbo nada fedorento
Ele é bom amigo
E toca violino no sereno.
Lá vem o velho
Tom Folha--Verde
O nosso camarada
Cruzando o rio Dormente
Com as mãos cheias de peixe.
De onde ele vem,
Ninguém nunca soube.
Pra onde ele vai,
Ninguém nunca sabe.
Tom Folha--Verde caminha
Pula, sorri, canta,
Escreve poesia
E conversa com as plantas.
Quando vai chover
Tom Folha--Verde não
Fica triste jamais.
Ele mora numa cabana
Feita no velho Salgueiro
Perto do rio Brandobrás.
Mesmo que a chuva não
Pare de cair, nem o vento de chiar,
Tom Folha--Verde desce o rio
Para com a driade Cervejinha
Conversar.
Camarada, amigo das brasas,
Esse é Tom Folha--Verde
E ninguém disso se
Engana.
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