Para onde foi a vida
molhada dos oceanos?
Para onde? Mas os pássaros
que dormem não respondem,
de tanto sono.
Foram, imagino, pelas
portas da carência,
pelos vulcões adormecidos,
pelas rosas molhadas
de tédio e de vento.
Vida, nobre vida,
empedrada no meio do deserto,
molhada de frente ao mar sinistro,
despertada com gritos.
Para onde foi com o teu sino?
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