Aquele rio (ah, é apenas uma
foto), aquela névoa intensa,
lembranças embasadas,
levadas pelo vento até
a estrada dos sonhos,
nas mechas das saudades
profundas,
com o esquecimento
desfrutado
entre o ferro
ao lado das madeiras,
dos sonetos, das folhas.
Aquele rio é o rio, é o ser,
o rio dos rios, o único rio,
o rio que entra até os olhos,
o rio que se perde até o mar.
Rio dos rios, água suja e transparente,
fonte de peixes cheios de guarda-chuvas,
onde reinam seres feitos de mel, de cravos,
de açúcar,
pequenas lulas
camufladas de
tartarugas,
onde todos se escondem
de medo do amor.
É o rio, o único rio, o eterno rio.
(Ah, é apenas uma fotografia
pendurada
na lembrança).
Nenhum comentário:
Postar um comentário