segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Próxima carta

Próxima carta

...com amor...

Seria a cereja de tua boca
tocando a minha? 
Só importava você para mim,
e eu me esqueci que a rua
era uma calçada feia, suja.

Ainda vejo o jardim em que
te fiz sorrir, seu riso oriental.
Ele continua lá, verde, com
aquelas folhas e flores que
não posso nomear porque
não me ensinam a dizer...

teu nome...
eu queria dizer o teu nome
desesperadamente,
dizer que te amo, que te amo,
dizer, te amo, te amo, te amo,
minha kawai, minha japonesa.

Minha? Ou eu sou seu?
Estou preso aquela rua,
aos teus lábios tão puros,
preso a uma lembrança
dentro de mim. 

É a cereja mais pura,
toquei minhas mãos.
Saber que você existia,
valeu apena existir.

(ISSO É TUDO!)

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