Não é possível...
É só uma brincadeira
social?
Um hino romantizado? Quando, quando vou
pular da janela para ir voando encontrar o
meu
amor? Ela deve estar do outro lado da rua,
vestida de branco, ou de preto, ou de azul, ou
de verde, ou de vermelho... A cor não
importa!
Não importa nada. Só importa que ela me
ame, como eu a amo.Como? Ela não me
conhece, ela nem sabe o meu nome; ela nem
sequer sabe que eu fui o ganhador do
terceiro
lugar de uma competição de corrida em
minha
infância terna de menino travesso.Não é
possível. Claro que é, porque não seria? É
óbvio que não sou um pássaro, nem um
ricaço, nem um francês romântico, nem um
cristo luminoso de sabedoria para a
humanidade. Então, o que sou?
Ó penas, ó penas de tudo: penas dos
bêbados
que são mais felizes do que todos os infelizes
juntos. É melhor não ter pena deles, nem das
religiosas burras, nem das prostitutas que
sofrem na rua.., Sério?
Eles pregam o Jesus Cristo? Batendo em
seus filhos? Ótimo, sociedade hipócrita,
crucifiquem-me logo porque não aguento
mais
esse tédio e esse sofrimento. Quero ir logo
na
frente de Deus e junto dele, com chá, dizer:
Burro! Dá próxima vez faça um mundo mais
justo!
E é óbvio que ele me fulminara com um raio
santo que saíra de sua boca,e me lançará
para os abismos infernais dos hades, para ali,
churrasquear com o capeta, e comentar
sobre
a morte de milhões de seres ao ano do tempo
e ao termino do fim da existência. Tudo isso é
possível, porque deixaria de não sê-lo? Não é
possível...
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